Descaso com cronogramas de vacina gera alerta nos Estados Unidos
27 de abril de 2020
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Estudo demonstra que um terço da população prejudica campanhas de imunização ao não seguir calendário de vacinação no país
Os Estados Unidos têm lidado com um sério problema na área da saúde: a baixa adesão às campanhas de vacinação infantil. De acordo com um estudo realizado em conjunto pelo Emory Vaccine Center, na Geórgia, e a Universidade do Estado de Nova York, um terço dos pais estadunidenses começou a atrasar vacinas para seus filhos mais novos.
Esse é um número que preocupa as autoridades médicas, visto que os primeiros dois anos de vida representam a faixa etária com maiores riscos para contrair doenças como rotavírus e sarampo. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), dos EUA, recomenda a imunização contra 14 doenças graves.
Os pesquisadores acreditam que o consumo de informações online possa ser um dos fatores que vêm contribuindo para que o movimento antivacinação ganhe força no país. O excesso de informações vindo do mundo digital pode fazer com que pais criem desconfianças em relação às décadas de pesquisa científica e atrasem a vacinação de seus filhos.
Os dados do documento também apontam para uma discrepância nas taxas de adesão por camada social. De acordo com o estudo, crianças de famílias menos favorecidas têm maior probabilidade de terem o cronograma de vacinação atrasado do que aquelas vindas de famílias mais abastadas.
Coautor do estudo e professor assistente de Saúde Global e Epidemiologia no Emory Vaccine Center, Robert A. Bednarczyk reforçou, em entrevista para o portal Healthline, a importância da conscientização dos pais sobre o assunto.
Para Bednarczyk, os números da pesquisa devem fazer com que pediatras estadunidenses relembrem a necessidade de explicar os cronogramas de vacinação para as famílias e garantir que as crianças não percam quaisquer datas durante seu crescimento. O pesquisador ainda ressalta que o calendário foi desenvolvido por equipes de cientistas altamente qualificadas e, por isso, precisa ser levado a sério.
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