Impressora 3D: como essa tecnologia pode ajudar a medicina

12 de dezembro de 2019 3 mins. de leitura
As impressões tridimensionais podem ser a esperança para quem aguarda na fila de transplantes

A impressora 3D foi criada em 1980, inicialmente pensada para a indústria automobilística. Hoje, as impressões tridimensionais são uma realidade na medicina e passam por constantes estudos com o intuito de desenvolver novas alternativas para o setor. Inclusive, são vistas como uma solução eficaz para reduzir o número de pacientes aguardando por transplantes. Isso acontece porque as impressões 3D podem ser utilizadas para a produção de próteses ou réplicas de órgãos.

Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), existem mais de 35 mil pessoas na lista de espera por um transplante. Só no primeiro semestre de 2019, mais de 1 mil pessoas morreram enquanto esperavam uma doação compatível. Ainda assim, as pesquisas científicas estão avançando positivamente.

(Fonte: Shutterstock)

Em abril deste ano, foi realizada na Universidade de Tel Aviv, em Israel, a impressão de um pequeno coração feito com células humanas de um paciente. Apesar de ainda existirem algumas limitações, por a estrutura não bombear sangue, esses avanços são muito benéficos para a medicina.

Benefícios

Próteses costumam ser muito caras, mas as impressões 3D permitem a fabricação de forma rápida e mais barata, além de auxiliarem análises prévias feitas por médicos, reduzindo riscos em cirurgias complexas e na recuperação de pacientes no pós-operatório.

Também é possível imprimir próteses de tamanhos específicos para reparação de crânio, favorecendo a recuperação e qualidade de vida do paciente no pós-operatório. Outro avanço que a impressão tridimensional traz à medicina é a fabricação de peles para pessoas que sofreram queimaduras, assim como reprodução de cartilagem e ossos.

Segundo um artigo científico publicado na Revista Interdisciplinar Ciências Médicas, a impressão de protótipos de coluna já foi utilizada no Hospital das Clínicas e no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Além disso, a impressora 3D pode ajudar em tratamentos de câncer, a partir da impressão de tumores que podem ser utilizados para simular cirurgias, complementando os resultados obtidos em exames 2D.

(Fonte: Shutterstock)

Funcionamento

As impressões de protótipos são feitas em camadas, com base em um pó, gel, metal ou plástico, inspiradas em imagens de exames clínicos, como ressonância magnética ou tomografia. A impressão de tecidos e órgãos é chamada de bioimpressão, mas o procedimento é basicamente o mesmo.

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Fontes: Registro Brasileiro de Transplantes, Revista Interdisciplinar Ciências Médicas, Embrapa, Universidade de Tel-Aviv.

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