Diagnóstico precoce pode evitar agravamento de casos de diabetes, depressão, hipertensão, entre outras doenças
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É recorrente a sensação de que o corpo humano sempre manda sinais quando a saúde não vai bem, principalmente quando surgem sintomas como febre e dores. Porém, o que muita gente não sabe é que existem diversas doenças que não apresentam nenhum sintoma em seus estágios iniciais. E a descoberta tardia pode atrapalhar o tratamento e as chances de cura.
Entre as mais comuns estão diabetes, depressão e hipertensão. Porém, são inúmeras as enfermidades que podem levar tempo para mostrar sua face oculta. Por isso, é sempre importante estar com os exames em dia e frequentar regularmente seu médico — mesmo quando você não estiver doente.
Confira algumas das doenças silenciosas que necessitam de sua atenção:
No Brasil, são 12,5 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 7% da população. A do tipo 1 normalmente é autoimune e identificada ainda na infância. Já a tipo 2 é a mais comum e surge quando o organismo não produz insulina para controlar o açúcar no sangue. Por isso, pode levar anos para aparecer, normalmente afetando vasos sanguíneos e nervos.
A depressão começa como um desânimo e um cansaço, logo evoluindo para uma tristeza profunda e abusos de álcool ou comida. O sedentarismo também pode ser apontado como um dos sintomas. Em geral, apenas 30% dos casos são tratados no início, por isso acontece a alta taxa de suicídio de 15% entre os que sofrem da doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Trata-se de uma infecção viral de evolução bastante lenta, cujos sintomas podem levar até 30 anos para aparecer. A estimativa é de que existam 700 mil pacientes no Brasil e 71 milhões em todo o mundo, sendo que até 50% deles desenvolvem cirrose hepática. O tratamento é eficaz em até 95% dos casos e dura em média 12 semanas.
Quando a pressão arterial ultrapassa 140/90 mmHg (ou 14 por 9), a pessoa é diagnosticada como hipertensa. Quanto mais tempo esse estado permanece, mais o coração precisa se esforçar para distribuir corretamente o sangue. Esse excesso de trabalho pode acarretar derrames, infartos, aneurismas, insuficiência renal e problemas cardíacos. Herança genética, tabagismo, obesidade, excesso de sal e estresse são algumas das causas da hipertensão.
De acordo com a OMS, 5 mil novos casos de HIV positivo são diagnosticados por dia em todo o mundo. Em 2017, foram quase um milhão de vítimas fatais. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) acontece em decorrência do vírus HIV, que vagarosamente vai eliminando as células de defesa do corpo. Por isso, os sintomas só aparecem em estágios avançados da doença.
Após os 30 anos, o corpo diminui a capacidade de regeneração dos ossos, em um lento processo que se acentua na velhice. Isso faz com que os ossos percam densidade e se tornem muito mais frágeis e propensos a fraturas. O diagnóstico normalmente aparece depois de algum acidente, e as mulheres são as mais vulneráveis a essa doença. Baixa ingestão de cálcio, tabagismo e sedentarismo contribuem para evolução do quadro.
O hipotireoidismo, que acontece quando a glândula tireoide tem baixa produção de hormônios, desacelera o metabolismo, causa aumento de peso, gera dores musculares e distúrbios digestivos e ainda afeta o humor. Já no hipertireoidismo, o excesso de hormônios pode causar sudorese, nervosismo, taquicardia e perda de peso — nesse caso, porém, acontece um inchaço da glândula, que serve como um alerta para a doença. Os outros sintomas costumam passar despercebidos.
O colesterol é uma substância gordurosa presentes em diversos órgãos e fundamental para o fundamento do corpo. Em excesso, o colesterol pode levar ao acúmulo de pequenas partículas de gordura em veias e artérias, que podem ficar entupidas e sobrecarregarem o coração. Sedentarismo, histórico familiar, obesidade, tabagismo, diabetes e alimentação ruim são alguns dos culpados por elevar o colesterol.
Ela ocorre quando há baixa produção de glóbulos vermelhos pelo corpo por conta de uma deficiência de ferro. Com isso, o organismo não consegue distribuir corretamente o oxigênio, gerando fraqueza, cansaço, falta de ar, palidez e palpitações. Mulheres com fluxo intenso durante o período menstrual devem ficar ainda mais atentas.
O endométrio é a camada que reveste o útero e, quando não recebe um óvulo fertilizado, acaba se descamando e gerando a menstruação. Porém, quando essas células não são eliminadas corretamente, órgãos como ovários, bexiga e trompas de falópio podem hospedá-las, o que ocasiona cólicas menstruais muito mais dolorosas. Estima-se que até 10% das mulheres sofram com essa doença.
Fontes: SBAC, Hepatite C Fala Com Você, Ministério da Saúde, Médicos Sem Fronteiras, Gineco, Manual MSD.