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Cirurgia eletiva, de emergência ou de urgência: qual é a diferença?

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A classificação de cirurgias em eletiva, de emergência ou de urgência é uma importante metodologia para priorizar o atendimento a pacientes em estado mais crítico, aumentando as chances de sobrevida. Ao estabelecer uma fila única para a realização de operações, a estratégia também permite a utilização mais eficiente do centro cirúrgico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são realizadas cerca de 234 milhões de cirurgias por ano, no mundo. Consequentemente, acaba sendo necessário planejar o uso de equipes, salas de operação e insumos para garantir a assistência hospitalar a toda a população, melhorando o aproveitamento dos recursos hospitalares.

O que é cirurgia eletiva?

Cirurgias eletivas são fundamentais para o bem-estar dos pacientes. (Fonte: Pixnio/Reprodução)

A cirurgia eletiva é um procedimento que pode ser agendado com antecedência e até mesmo adiado no prazo de um ano. Intervenções mais graves, como cirurgia de hérnia, remoção de pedras nos rins ou de apêndice, também podem ser classificadas como eletivas.

Esse tipo de operação pode incluir intervenções estéticas; no entanto, a classificação não significa, necessariamente, que o procedimento é opcional. Mesmo que não seja urgente, a cirurgia eletiva é vital para a saúde. Por exemplo, uma mastectomia devido a um câncer de mama não precisa ser feita no mesmo dia do diagnóstico, mas é fundamental que seja realizada para o bem-estar do paciente.

O que é cirurgia de urgência?

A cirurgia realizada em pacientes em situações que podem se agravar rapidamente, gerando perda de membros ou risco à vida, é classificada como de urgência. O procedimento requer pronta atenção, mas pode esperar um intervalo entre 24 horas e 48 horas para ser realizado, quando as condições de saúde não comprometem, de forma imediata, a vida do paciente ou oferecem danos irreversíveis.

A depender do procedimento, é necessária uma internação prévia a fim de preparar o paciente para a intervenção cirúrgica. Hemorragias internas e digestivas, úlceras supuradas, cólica biliar, peritonite e obstrução intestinal são algumas das condições que podem levar a uma cirurgia classificada como urgente.

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O que é cirurgia de emergência?

Intervenção cirúrgica em caso de risco à vida deve ser imediata. (Fonte: Gcasasola/Pxhere/Reprodução)

A cirurgia de emergência pode ser definida como a operação necessária para lidar com uma ameaça aguda à vida, envolvendo órgãos, membros ou tecidos, sendo causada por traumas externos, processos de doenças graves, consequências de doenças crônicas ou complicações de outros procedimentos cirúrgicos. A ação imediata é necessária para salvar a vida ou evitar danos irreversíveis ao corpo do indivíduo.

O procedimento deve ser realizado em um período menor do que 24 horas. Geralmente, o paciente chega ao hospital gravemente ferido ou sem respirar em uma ambulância, e o atendimento é iniciado por paramédicos. 

Em alguns casos, há pacientes que vão ao pronto-socorro com uma queixa que parece simples, mas após o diagnóstico de uma condição grave necessitam de intervenção cirúrgica imediata.

As intervenções urgentes podem ter subclassificação, de acordo com a gravidade da condição de saúde. Um paciente com quadro urgente deve ser levado imediatamente ao centro cirúrgico, enquanto casos graves podem esperar de 3 horas a 8 horas e situações menos críticas, até 24 horas.

Como classificar a urgência de uma cirurgia

O risco à vida e as condições de saúde são os principais fatores considerados pela equipe hospitalar para determinar quais pacientes têm a necessidade mais imediata de cirurgia. Porém, o cenário é dinâmico. Procedimentos definidos como eletivos podem se tornar de emergência se adiados por muito tempo; portanto, a avaliação médica deve ser constante.

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Fonte: Conselho Federal de Medicina (CFM), Telemedicina Morsch, Ministério da Saúde.

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