Covid-19: jovens serão reinfectados para estudos científicos

17 de maio de 2021 4 mins. de leitura
Pesquisa quer analisar como o sistema imunológico se comporta em casos de reinfecção

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Um novo estudo está procurando jovens voluntários que já tiveram covid-19, com o objetivo de analisar como o sistema imunológico combate casos de reinfecção. Dessa forma, será possível projetar tratamentos para a doença, além de contribuir para a criação de novas vacinas. 

Serão selecionados jovens da faixa etária de 18 a 30 anos, que vão passar 17 dias em uma unidade especial de um hospital em quarentena. Os voluntários serão submetidos a exames para monitoramento do vírus. De acordo com a BBC, 64 pessoas serão expostas à cepa de Wuhan, que surgiu na China. 

A primeira fase será financiada pela Welcome Trust, uma instituição filantrópica de apoio a pesquisas. Conforme ocorrem os diagnósticos de reinfeção, os voluntários irão receber um tratamento com anticorpos para combater o vírus e só terão alta quando estiverem curados.

Serão selecionados jovens da faixa etária de 18 a 30 anos, que vão passar 17 dias em uma unidade especial de um hospital em quarentena para o estudo. (Fonte: Shutterstock)
Serão selecionados jovens da faixa etária de 18 a 30 anos, que vão passar 17 dias em uma unidade especial de um hospital em quarentena para o estudo. (Fonte: Shutterstock)

Estudo pretende encontrar tratamento contra a covid-19

O principal objetivo da pesquisa é descobrir formas de tratamento, além de melhorar as terapias existentes no combate ao novo coronavírus. 

“Os estudos de desafio nos dizem coisas que outros não podem, porque, ao contrário da infecção natural, eles são rigidamente controlados”, comentou a pesquisadora-chefe, Helen McShane, da Universidade de Oxford.

Estudos como esse que será realizado em jovens conseguem auxiliar no aprimoramento do conhecimento a respeito do vírus e de como oferecer proteção à população.(Fonte: Shutterstock)
Estudos como esse que será realizado em jovens conseguem auxiliar no aprimoramento do conhecimento a respeito do vírus e de como oferecer proteção à população.(Fonte: Shutterstock)

De acordo com McShane, quando os participantes são reinfectados, é possível saber exatamente como o sistema imunológico reagiu à primeira infecção pelo coronavírus, pois ocorrerá da mesma forma que a segunda vez realizada pelo estudo. 

“Os estudos de desafio em humanos têm uma longa história de capacidade de gerar informações importantes sobre infecções sob condições estritamente controladas, bem como permitir que a eficácia da vacinação seja avaliada com precisão”, analisou Lawrence Young, da Warwick University.

Números da malária no Brasil estão baixos

Segundo informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no Brasil os números da malária se mostram em queda, o que reforça a importância de continuar os esforços de combate à doença de maneira sustentável. Em 2019, o número de casos era de 156.629, cerca de 23,8%; em comparação a 2018, o número é menor, de 193.837 casos. 

Em 2020, o Brasil conseguiu permanecer em queda, de acordo com o levantamento feito de janeiro a fevereiro, com 21,3% de casos. Entre as formas de combate em terras brasileiras, estão o atendimento dos serviços de saúde com rapidez no diagnóstico e o tratamento adequado dos pacientes. Além das principais medidas de prevenção da malária, como uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILDs) e a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), há estratégias importantes para reduzir casos nos sistemas de saúde.

De acordo com a Opas, em relação às Américas, o Paraguai se destaca por ter conseguido o certificado de país livre da doença em 2018. Em seguida, os hermanos da Argentina repetiram o feito, em 2019, e El Salvador conseguiu completar três anos sem transmissão local da doença.

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Fonte: BBC, Opas Brasil.

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