Algumas opções de métodos contraceptivos também podem prevenir as doenças sexualmente transmissíveis
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Uma das opções de método contraceptivo mais conhecidas e populares, a pílula anticoncepcional completa, em 2022, 60 anos de disponibilidade no mercado nacional. Mas a medicação à base de hormônios, aprovada em 1960 para comercialização nos Estados Unidos, é apenas uma das várias alternativas que são ofertadas atualmente.
Apesar da ampla variedade, o acesso a tais métodos ainda é um grande problema no Brasil, onde o número de gravidezes indesejadas aumentou nos últimos anos, principalmente durante a pandemia de covid-19, de acordo com dados do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Além disso, muitas pessoas não sabem o que são métodos contraceptivos.
Também conhecidos como métodos anticoncepcionais, eles podem ser medicamentos, intervenções cirúrgicas, comportamentos e objetos utilizados com a intenção de evitar uma gravidez indesejada e prevenir as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Disponíveis para mulheres e homens, esses métodos são classificados em dois grupos: por barreira e hormonais.
Nos métodos de barreira, o objetivo é impedir a entrada do esperma no útero com uma barreira física ou química. Já os métodos hormonais previnem a gravidez não planejada, assunto abordado nessa live do Estadão Blue Studio, controlando ou interrompendo a ovulação por meio de hormônios sintéticos, mas que não evitam a possibilidade de contrair DSTs.
Dados de um levantamento feito pelo UNFPA, em meados da década passada, indicam que quase a metade das gestações no Brasil não é planejada. Conforme a pesquisa, apenas 54% dos nascimentos ocorridos entre os anos de 2011 e 2016 foram programados pelos pais para aquela época.
Entre as demais 46% das gestações do período, 28% estavam planejadas para outro momento, enquanto 18% não eram desejadas. O relatório também mostrou que a demanda não atendida por métodos anticoncepcionais no País é de 6% a 7,7%, o que significa de 3,5 milhões a 4,2 milhões de mulheres na idade fértil.
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Para o Fundo de População da ONU, a gravidez não planejada na adolescência é causada, principalmente, pela falta de informação sobre as alternativas de métodos contraceptivos, além da dificuldade de acessar serviços e bens que ajudariam a exercer direitos sexuais e reprodutivos. Meninas e adolescentes de estratos sociais vulneráveis são as mais afetadas pelo problema.
Conhecendo as vantagens e desvantagens de cada opção, a mulher pode avaliar a melhor escolha para o seu caso, levando em conta também os riscos à saúde, o parceiro e a condição financeira, entre outros fatores. A orientação de um profissional especializado no assunto também é fundamental para o sucesso da medida.
Os métodos anticoncepcionais de barreira são:
Já as principais opções de métodos contraceptivos hormonais são as seguintes:
Há, ainda, as alternativas de métodos anticoncepcionais naturais como a tabelinha, o método da temperatura basal, o método de Billings e o coito interrompido, além dos métodos cirúrgicos, que são a laqueadura e a vasectomia.
Quer saber mais? Assista aqui à opinião de nossos parceiros especialistas em Saúde.
Fonte: UNFPA, Agência Brasil, Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Ministério da Saúde