Essa deficiência genética afeta a capacidade de defesa do corpo contra infecções
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O sistema imunológico é fundamental para a sobrevivência humana. Se ele não funcionar perfeitamente, o corpo se torna suscetível a infecções e outras doenças simples, mas que podem ser letais quando não há defesas.
Doenças como a AIDS podem afetar o sistema imunológico e interferir em sua capacidade de defesa natural. Porém, quando o mau funcionamento das defesas do corpo se deve a fatores ligados à genética, e não a infecções adquiridas por meio de vírus, ocorre o que se conhece como imunodeficiências primárias (IDPs).
Neste artigo, vamos explicar o que são elas, quais são os principais tipos e seus possíveis tratamentos.
Entendida como um erro inato do sistema imune, a imunodeficiência primária consiste em um conjunto de doenças congênitas capazes de alterar a capacidade de defesa do corpo. São mais de 400 doenças, que aumentam a predisposição para infecções como pneumonia, otite, sinusite e outras infecções graves.
Além disso, as IDPs podem tornar o ser humano mais suscetível a doenças autoimunes, como lúpus, psoríase, esclerose múltipla e diabete tipo 1.
As imunodeficiências primárias são classificadas com base no tipo de imunidade que deveria funcionar, mas apresenta problemas.
Os sintomas são muito variados, pois dependem do tipo de deficiência imunológica. Porém, o principal sinal de que um indivíduo tem uma IDP é a alta frequência de infecções, que podem se tornar mais graves do que o habitual.
Por isso, é importante ficar atento a doenças de baixa virulência, como um resfriado simples, que costumam ser eliminados facilmente pelo corpo, mas podem apresentar maiores complicações em pessoas com imunodeficiência primária.
O diagnóstico pode ser feito por meio de exames laboratoriais simples, como:
O tratamento não é único, já que depende muito do tipo de deficiência apresentada. Alguns exemplos são:
Quando a deficiência da produção de anticorpos é genética, ligada ao cromossomo X, os médicos podem optar pela reposição de imunoglobulina humana, de forma regular, durante toda a vida do paciente.
Geralmente, esse procedimento é feito a cada três ou quatro semanas, dependendo da necessidade de cada pessoa.
Em pacientes com casos graves de imunodeficiência combinada, o único tratamento eficaz é o transplante de células-tronco hematopoéticas (CTH), presentes na medula óssea. Antes disso, o paciente precisa receber imunoglobulina humana como forma de preparação.
Um dos casos mais comuns de IDP é a deficiência de anticorpos IGA, que não costuma apresentar sintomas. Nesses casos, os médicos podem receitar apenas remédios antiparasitários para combater possíveis infecções no intestino, além de fazer o acompanhamento regular por meio de exames laboratoriais.
Fontes: Marjan, Asbai, Manual MSD, Sabin