A carreira ficou ainda mais valorizada durante a pandemia causada pelo novo coronavírus
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Profissional que tem ganhado ainda mais notoriedade durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, o médico intensivista é o responsável por cuidar dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). É para esta área do hospital que os infectados pelo Sars-CoV-2 em estado crítico precisam ser levados para continuar o tratamento.
Devido à complexidade dos atendimentos neste ambiente, seja em relação à covid-19 ou outras doenças, a alta demanda tem fortalecido a imagem dos especialistas em Medicina intensiva. Trata-se de uma especialidade que presta suporte avançado de vida, atendendo pessoas que precisam de acompanhamento constante e monitorado.
Ela é derivada da Clínica Médica, exigindo que o profissional domine conceitos de nefrologia, cardiologia, endocrinologia e mais áreas, pois lida com vários sistemas do corpo e a sua integração. Quem atua no segmento não substitui outros especialistas, mas deve manter parceria com os demais médicos, enfermeiros e fisioterapeutas envolvidos no trabalho.
Os intensivistas também precisam estar preparados emocionalmente para lidar com a pressão do ambiente das UTIs, tomando decisões de maneira ética e técnica. Além do atendimento aos enfermos graves, eles ainda podem presenciar o sofrimento dos familiares que aguardam pela melhora dos entes queridos em tratamento.
Após a conclusão da graduação de Medicina, quem tem interesse em trabalhar como intensivista tem duas opções de caminho para seguir. Uma delas está nos programas de Residência Médica credenciados pelo Ministério da Educação (MEC).
Quem opta por esta via encara um período de formação que dura quatro anos, ao todo. Antes de fazer a residência em Medicina Intensiva propriamente dita, com duração de dois anos, o candidato deve ter feito outra, em áreas como Cirurgia Geral, Clínica Médica, Infectologia, Anestesiologia ou Neurologia, que também leva dois anos para ser concluída.
Outra alternativa disponível atualmente é o Programa de Especialização em Medicina Intensiva (PEMI), ministrado em centros formadores que passaram por credenciamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Esse modelo de formação se diferencia pela não exigência de pré-requisitos — residência em outra área.
Depois de finalizar um dos programas de pós-graduação em Medicina Intensiva, que inclui treinamento teórico e prático, com carga horária de 60 horas semanais, e dura quatro anos, o aluno está apto a fazer a prova de título da AMIB. Se aprovado, ele será liberado para solicitar o título junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e exercer a profissão.
O principal local de atuação do intensivista é a UTI, exigindo especialização na área para trabalhar, ao contrário do que ocorria anteriormente, quando esse tipo de vaga chegou a ser aberta para recém-formados. Jornadas extensas e exposição a riscos são algumas das características do trabalho.
A carreira de médico intensivista também se caracteriza pela presença constante em plantões e a oferta de vagas em diferentes cidades com leitos de UTI funcionando. Já em relação ao salário do especialista em Medicina Intensiva, os valores variam conforme a experiência, o local e o tempo de plantão, entre outros fatores.
Conforme o site Vagas.com, o salário do intensivista em 2021 é de R$ 10,3 mil, em média, mas pode chegar a mais de R$ 17 mil.
Fonte: Sanarmed, Vagas.com, EBC, AMIB.