Acúmulo de células defeituosas na medula óssea constitui tumor maligno chamado de mieloma
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O mieloma é uma forma de câncer que afeta as células plasmáticas ou plasmócitos, parte do sistema imunológico localizada na medula óssea e responsável por produzir os anticorpos.
O tumor maligno é causado a partir de um defeito na formação dos plasmócitos, resultando em um acúmulo de células defeituosas na medula. Quando há vários desses aglomerados, a condição é chamada de mieloma múltiplo.
As células plasmáticas defeituosas produzem anticorpos que, por sua vez, também são defeituosos e podem provocar lesões nos rins. Os ossos se tornam esburacados, levando a maior fragilidade e à ocorrência de fraturas.
As principais manifestações da doença são a elevação dos níveis de cálcio no sangue, a insuficiência ou alteração da função renal, anemia e doença óssea, que pode se manifestar como dores nos ossos, fraturas e sintomas neurológicos, devido a lesões vertebrais.
O diagnóstico pode ser feito a partir de testes como o exame de medula óssea que, feito sob anestesia local, pode envolver a coleta de dois tipos de amostra: uma vinda do mielograma, em que há aspiração da medula; e outra a partir da biópsia, com a coleta de pequenos fragmentos do osso.
Exames de sangue, imagem e urina também podem estar envolvidos para a confirmação do diagnóstico, que é mais comum em pessoas com mais de 65 anos, com apenas 15% dos casos identificados em indivíduos com idade menor que 55 anos.
Sua incidência é maior em homens do que em mulheres, e em afro-americanos do que em caucasianos, e menor ainda em asiáticos.
Os sintomas podem incluir dores na coluna e em outros ossos, sensação de formigamento nas mãos e pés, fadiga, perda de peso e confusão mental.
Frequentemente, a doença em sua fase inicial é mais silenciosa, gradualmente evoluindo para uma carga de sintomas que interfere na qualidade de vida, com mudanças que afetam desde a capacidade física até os aspectos cognitivos.
O tratamento varia de acordo com a idade e estado da saúde e doença do paciente. Indivíduos com menos de 70 anos podem ser elegíveis para transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH). Após essa idade ou na presença de comorbidades, o manejo pode envolver medicamentos combinados, com possível indicação de quimioterapia ou radioterapia.
É importante o envolvimento de profissionais de diferentes especialidades, como ortopedia, psicologia e fisioterapia, visando olhar para o paciente e suas necessidades de forma multidisciplinar e integrada.
Fonte: Fiocruz, Hospital Israelita Albert Einstein, Ministério da Saúde