Para que serve a medicina preventiva?

2 de janeiro de 2020 4 mins. de leitura
A especialidade tem sido cada vez mais difundida entre os profissionais e órgãos da saúde

A medicina preventiva visa ao bem-estar completo do paciente, analisando questões físicas e mentais. Essa prática vem crescendo no Brasil e no mundo, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O que é a medicina preventiva

Segundo o volume II do Caderno de Atenção Primária do Ministério da Saúde, “pode-se definir que prevenção é todo ato que tem impacto na redução de mortalidade e morbidade das pessoas”. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) apontou que 72% das pessoas com doenças crônicas só descobriram a presença de uma patologia após o aparecimento de sintomas físicos.

Essa especialidade médica tem como objetivo prevenir doenças, retardar o desenvolvimento das que já se instalaram e minimizar futuras complicações nos pacientes. Além disso, um ponto importante é que os profissionais que atuam nessa frente trabalham com a conscientização quanto à alimentação adequada e a prática de exercícios físicos, estimulando hábitos saudáveis na população e reduzindo os fatores de risco que causam doenças.

As iniciativas de prevenção variam de acordo com a região. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, “um problema de saúde considerado prevalente e relevante em um Estado pode não ser em outro e, desse modo, a construção de programas de rastreamento deve reconhecer as diversidades, as prioridades e necessidades locais e regionais”. Assim, os programas e as campanhas de conscientização, os mutirões de saúde, grupos de apoio, exames de rastreamento, entre outras práticas da medicina preventiva, devem se atentar às características locais de onde serão realizados.

A importância da especialidade

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(Fonte: Freepik)

A prática da medicina preventiva traz economia tanto ao paciente quanto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e às operadoras de planos de saúde. Uma estimativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aponta que o gasto com tratamento de doenças é sete vezes maior do que com pacientes saudáveis.

Níveis de atuação da medicina preventiva

(Fonte: Shutterstock)

O Ministério da Saúde indica que a medicina preventiva deve atuar em quatro frentes junto aos pacientes:

  1. prevenção primária: evitar a ocorrência de doenças, monitorando os fatores de risco e atuando na mudança de hábitos do paciente;
  2. prevenção secundária: métodos de diagnóstico precoce de doenças, freando o avanço do problema e iniciando o tratamento o mais cedo possível;
  3. prevenção terciária: quando o paciente já apresenta a doença, deve-se atuar para aumentar a qualidade de vida dele, diminuindo o impacto negativo dos sintomas e as possíveis complicações;
  4. prevenção quaternária: métodos para minimizar ou evitar os efeitos colaterais de tratamentos ou intervenções médicas desnecessárias.

O princípio da medicina preventiva é incentivar a população a frequentar regularmente os consultórios médicos. Isso significa realizar exames clínicos e laboratoriais com a periodicidade necessária, de acordo com a idade e o grupo de risco, bem como estimular a mudança de hábitos.

Dessa forma, a medicina preventiva deve ter um papel de destaque cada vez maior junto à comunidade médica, com diversas formas de abordagem para colocá-la em prática durante a assistência.

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Fontes: Conselho Federal de Medicina, Caderno de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

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