Quais são as diferenças entre especialização e residência médica?

30 de setembro de 2019 3 mins. de leitura
Graduados em Medicina têm duas opções para obter o título de especialistas

Depois de concluir o curso de Medicina, os futuros médicos que desejam se especializar em determinada área têm duas opções: residência ou pós-graduação lato sensu. Ambas conferem ao médico o título de especialista, porém cada uma oferece um percurso diferente para que isso ocorra.

A forma mais conhecida de se especializar em uma área é a residência médica. Nela, o médico deve completar um programa que une teoria e prática em uma unidade de saúde reconhecida pelo Conselho Nacional de Residência Médica. Ao término do período de estudos, que varia conforme a especialidade, mas em geral é de dois anos a quatro anos, o médico recebe o título de especialista.

Já a pós-graduação lato sensu oferece mais conhecimento teórico e é o modelo ideal para médicos que querem seguir a carreira acadêmica como professores ou pesquisadores. Entretanto, mesmo após a conclusão do curso de pós-graduação, o médico ainda não pode se apresentar como especialista; para isso, ele precisa prestar a prova de títulos da sociedade responsável pela especialidade escolhida.

São essas sociedades que determinam o que é necessário para a obtenção do título de especialista. Geralmente, é exigido que o médico tenha conhecimentos teóricos e práticos, por isso essas entidades exigem tempo de treinamento e de prática condizentes com o grau de exigência da atividade.

Por exemplo, após três anos de residência em dermatologia, o profissional terá o título de especialista na área, mas o médico que optar pela pós-graduação normalmente precisa de três anos de treinamento e mais três anos de prática para conseguir o título, por isso a procura pela residência ainda é maior, já que é mais rápida.

Contudo, entrar em uma residência pode ser bastante difícil, pois alguns cursos são tão ou mais concorridos que os vestibulares para Medicina. Outro problema é a qualidade dos cursos; muitos residentes desistem dos estudos entre o primeiro e o segundo anos devido ao baixo nível do ensino.

Em 2018, a Universidade de São Paulo (USP) publicou um estudo que apresentou esse problema. Segundo o documento Demografia Médica, havia mais de 22 mil vagas de residência não ocupadas, a maioria no Sudeste, com os estados do Maranhão e Ceará apresentando mais vagas em aberto do que ocupadas. O médico que opta por não realizar a especialização continua podendo exercer a medicina, porém atua apenas como clínico geral.

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Fonte: Simesc.

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