Por que o estudo de células é importante para a saúde?

19 de agosto de 2019 4 mins. de leitura
O estudo de células desenvolve novas tecnologias e tratamentos que garantem um futuro melhor para nossa saúde.

O estudo das células humanas é um tópico que intriga cientistas desde que essa partícula foi identificada. A partir dele, muitas descobertas foram feitas, e o potencial dessas pesquisas pode levar a ainda mais evolução nesse ramo da ciência.

Confira abaixo por que o estudo de células é importante para nós e como ele pode afetar sua saúde.

O que é citologia?

Citologia — também chamada de biologia celular — é a ciência que estuda as estruturas da célula, as funções intracelulares e suas influências no organismo, seja ele humano, animal, vegetal ou mineral. Ainda que essa ciência seja mais antiga, seus grandes avanços começaram a partir de 1590, com a descoberta do microscópio óptico, que permitiu uma observação mais detalhada desse componente.

As células têm, em geral, estruturas semelhantes em suas composições, como a membrana citoplasmática, as mitocôndrias, o núcleo, entre outras. Mas algumas só existem em células específicas — é o caso dos cloroplastos nas células vegetais.

A citologia se dedica à análise não só da estrutura das células, mas também da interação entre elas. Por meio de um mapeamento dessas funções, é possível descobrir como os microrganismos agem nas células, sejam eles vinculados a doenças ou não.

Graças a essa ciência, conseguimos entender mais sobre genética, criamos medicamentos mais eficientes e avançamos nos estudos de tratamentos para doenças congênitas.

Descobertas da citologia

Algumas descobertas da citologia não só têm potencial para favorecer nossa saúde no futuro, como já estão sendo testadas atualmente para garantir uma vida melhor e mais longa para muitas pessoas. O uso das células-tronco é um bom exemplo, como mostra uma pesquisa feita pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

Enquanto, por muitos anos, a única maneira de lidar com a falência de um órgão era dependendo de doadores — um método caro e que não supre toda a demanda —, as células-tronco se apresentam como uma solução. Em virtude de sua grande capacidade de se renovar e se adaptar, criam diferentes linhagens celulares especializadas. Por isso, vêm sendo testadas para substituir órgãos que param de funcionar.

Além disso, os pesquisadores já estudam como as utilizar no tratamento de doenças cardíacas e autoimunes, como a diabetes e o lúpus. Esses tratamentos ainda estão em fase experimental, mas têm um grande potencial para o futuro.

Outro estudo recente, realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, é sobre a apoptose — ou morte celular — e como ela funciona em nosso organismo. A descoberta mais recente é que ela acontece em ondas desencadeadoras, em que uma célula morre, e essa morte é “transmitida” para a próxima. Sabe-se, também, que é assim que os vírus se espalham no organismo, e há sugestões de que o sistema imunológico funcione do mesmo jeito.

Como isso pode influenciar nossa saúde? Compreender a morte celular é o princípio para entender por que nossas células morrem — quando temos uma doença neurodegenerativa, por exemplo — e por que elas não morrem quando precisamos que isso aconteça — como em um tratamento contra o câncer. Desvendando esses quadros, podemos descobrir como trabalhar para revertê-los.

O estudo das células pode nos garantir, em alguns anos, vidas mais longas e melhores, com tratamentos eficientes para problemas e doenças que, até o momento, são grandes desafios para a ciência.

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Fontes: Portal Educação, Science.

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