Alguns medicamentos podem ultrapassar a barreira da placenta, por isso devem ser utilizados respeitando a prescrição médica
Publicidade
Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.
A gravidez é um processo de diversas alterações fisiológicas. Na maior parte dos casos a evolução da gestação acontece sem grandes intercorrências, mas durante os nove meses de espera alguma infecção ou problema inesperado pode surgir. Nesse momento podem existir dúvidas e preocupações com a saúde da gestante e do bebê.
A infecção durante a gestação é um problema que necessita de cuidado e atenção, visto que essa é a causa mais importante de morbimortalidade fetal e neonatal.
Para o tratamento das infecções são utilizados antibióticos. Eles são medicamentos que possibilitam a eliminação de bactérias do organismo. Alguns deles têm efeitos colaterais e, para uma utilização segura, o seu uso deve ser sempre indicado por um profissional.
Segundo o Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP) todo medicamento oferece riscos e benefícios, e quando se trata do período de gravidez os riscos são aumentados.
Mas, existem opções que podem ser utilizadas durante a gestação. Elas são testadas e os riscos analisados, podendo ser indicados ou não para a mulher grávida.
Alguns medicamentos podem ser repassados de mãe para filho através da placenta e, atingindo a circulação do feto, podendo causar má formação e alterações no desenvolvimento do bebê. Portanto, todo o medicamento utilizado durante esse período deve ser indicado pelo médico obstetra responsável.
A Food and Drug Administration (FDA) fornece uma classificação dos riscos do uso de medicamentos durante a gestação. Ela também fornece regras para a disposição das informações na bula de fármacos e preconiza quais dados devem ser apresentados para que os profissionais de saúde avaliem a segurança do seu uso.
A primeira classificação de uso de medicamentos na gravidez dividia os itens em cinco categorias: A, B, C, D e X. Esse método começou a ser utilizado em 1979 e era o mais popular até alguns anos atrás.
Atualmente a FDA passou a exigir que os fabricantes especificassem os riscos e complicações de cada medicamento e atualizassem constantemente suas bulas. Além das informações sobre os riscos de má formação fetal, a federação considera imprescindível que existam informações sobre os possíveis impactos durante o parto, o nascimento, o crescimento e o desenvolvimento da criança.
Dessa forma, a categorização por letras foi substituída pelo estudo específico de cada medicamento, com base nas informações fornecidas o profissional de saúde se encarrega da análise crítica da segurança.
O ISMP fornece uma lista de recomendações para fazer o uso seguro de medicamentos durante a gravidez. Veja alguns itens importantes:
É importante que antes de utilizar um medicamento o usuário verifique sempre a dose recomendada pelo médico e o horário de administração. Em caso de dúvidas, pergunte ao profissional de saúde que estiver realizando seu tratamento.
Para a segurança da população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta as bulas e rótulos de medicamentos comercializados no Brasil. Todas as informações importantes devem estar descritas, possibilitando um uso seguro do medicamento.
Para facilitar o acesso a essas informações, a Anvisa criou o “Bulário Eletrônico”. Ele é gratuito e pode ser acessado pela população em geral ou pelos profissionais de saúde.
A pesquisa pode ser feita utilizando o nome do medicamento ou o nome da empresa responsável por sua fabricação. É possível salvar ou imprimir a bula para consultas futuras.
Fonte: Forbes, ACCP Journals, Ministério da Saúde, Opas, ISMP, gov.BR, ISMP.