A crise sanitária acelerou o processo de cuidados e foco no bem-estar coletivo
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A pandemia potencializou problemas que já estavam presentes na sociedade; entre eles, a discussão sobre saúde mental, tema do painel do Estadão Summit Saúde 2021 nesta quinta-feira (21). O evento, considerado o mais importante e o maior do setor, está sendo realizado de forma online e gratuita até amanhã (22).
“A saúde mental era uma epidemia antes da covid-19”, afirmou Pedro Pittella, diretor de Recursos Humanos da Sanofi. A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, por exemplo, já merecia atenção antes da atual crise sanitária e se tornou ainda mais relevante diante das tarefas acumuladas no formato home office.
No contexto da pandemia, a atenção psicológica ganhou mais espaço no ambiente corporativo, com empresas buscando novas formas de aproximação com os colaboradores. Para Pittella, “Não existe solução única”, então a Sanofi adotou um programa de consultas digitais e grupos de aconselhamento e treinamento de lideranças para tratar do tema.
Antes mesmo da covid-19, durante o Setembro Amarelo, o Itaú Cultural vinha realizando ações como palestras mensais com psiquiatras, formação de gestores e lançamento de um canal de atendimento psiquiátrico disponível 24 horas. “O tema da saúde mental precisava ser tratado de maneira orgânica, permanente e com profissionais que nos ajudassem nessa trilha”, avaliou Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.
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A preocupação com o bem-estar psicológico aumentou 1.856% a demanda por terapia online no primeiro trimestre de 2021 quando comparado ao mesmo período de 2019, segundo pesquisa da plataforma Zenklub. O CEO da empresa, Rui Brandão, ressaltou que é importante que haja uma conexão emocional e de valores entre organização e indivíduo.
Outro aspecto importante da crise sanitária foi o aumento de consumo de serviços de streaming, inclusive por crianças. Clarissa Orberg, Head of Responsibility Verticals, Content Partnerships no YouTube Brasil, destacou que a plataforma desenvolveu ferramentas direcionadas ao público infantil e novas formas de controle parental.
Apesar da preocupação constante com o excesso de tempo que as crianças passam em frente às telas, Daniel Barros, psiquiatra e professor da Universidade de São Paulo (USP), esclareceu que não existe um estudo científico que determine a duração adequada de exposição do público infantil aos serviços de streaming. O mais importante, segundo ele, é o acompanhamento dos pais: “Da mesma forma que uma criança não sai sozinha na rua, não deve acessar a internet sem supervisão”.
“Por um lado, a pandemia trouxe um convívio com a família de volta, mas por outro lado trouxe as consequências dessa mudança de dinâmica”, avaliou Silvia Maria Cury Ismael, psicóloga e gerente de Saúde Mental do Hospital do Coração (HCor). Agora, as pessoas precisam de uma readaptação para voltar às atividades após a crise sanitária.
A reinvenção da forma de trabalhar com um modelo híbrido é uma realidade desconhecida, por isso demanda atenção especial de gestores à saúde mental da equipe. “Normalmente, a gente tem mais perguntas do que respostas”, comentou Pittella.
E alguns caminhos começam a ser delineados. A atenção psicológica deixou de ser um instrumento apenas de saúde e se tornou uma ferramenta de desenvolvimento de competências socioemocionais. “Saúde mental e emocional a gente deve encarar como um conceito de educação e desenvolvimento humano; não tem fim”, finalizou Brandão.
A programação do Estadão Summit Saúde acontece até sexta-feira (22). Ainda dá tempo de se inscrever.
Fonte: Estadão Summit Saúde 2021.