HIV: sintomas, variantes e possibilidades de cura - Summit Saúde

HIV: sintomas, variantes e possibilidades de cura

15 de abril de 2022 4 mins. de leitura

Nos Estados Unidos, cientistas relataram o 3° caso de cura do vírus da imunodeficiência humana (HIV) no mundo

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Transmissor da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ataca o sistema imunológico, atingindo células e alterando o ácido desoxirribonucleico (DNA) para se multiplicar no organismo. Apesar de não ter cura, muitas pessoas soropositivas vivem normalmente; recentemente, uma mulher de 64 anos foi considerada curada após um tratamento inédito de transplante com células-tronco retiradas do sangue de um cordão umbilical.

Como o HIV se manifesta no organismo?

O vírus é transmitido pelo contato com mucosas ou áreas feridas do corpo, além da possibilidade de transmissão vertical, quando a mãe infectada passa o vírus para o feto durante a gestação e o parto, na chamada Aids congênita.

Em fases iniciais, o HIV pode não apresentar sintomas, dificultando o diagnóstico precoce. (Fonte: National Cancer Institute/Reprodução)
Em fases iniciais, o HIV pode não apresentar sintomas, dificultando o diagnóstico precoce. (Fonte: National Cancer Institute/Reprodução)

A infecção pelo vírus passa por diferentes fases com sintomas distintos.

Fase 1: infecção aguda

A infecção afeta o sistema imunológico e acontece a incubação do vírus, variando de três a seis semanas, com sintomas que se assemelham aos de uma gripe.

Fase 2: assintomática

Há a interação entre as células de defesa do corpo e as mutações do vírus; apesar disso, é uma fase assintomática.

Fase 3: sintomática inicial

O organismo se torna mais fraco e vulnerável a infecções comuns, apresentando sintomas como febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

Fase 4: avançada

Ocorre a manifestação da doença, a Aids, e o organismo fica bastante fragilizado, com possibilidade de apresentar complicações como:

  • hepatites virais;
  • tuberculose;
  • pneumonia;
  • toxoplasmose;
  • alguns tipos de câncer.
Ao passar por alguma situação de risco, é importante procurar uma unidade de saúde, informar-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e realizar um teste. (Fonte: Artem Podrez/Reprodução)
Ao passar por alguma situação de risco, é importante procurar uma unidade de saúde, informar-se sobre a profilaxia pós-exposição (PEP) e realizar um teste. (Fonte: Artem Podrez/Reprodução)

Quais são as variantes do HIV?

Existem dois tipos de variantes do vírus, HIV 1 e 2, além de nove subtipos identificados pelas letras de A a K. As diferenças entre as variações do vírus estão associadas às suas manifestações no organismo, em que podem:

  • ser mais ou menos agressivas;
  • ter maior ou menor resistência aos medicamentos antirretrovirais (ARV);
  • multiplicar-se de maneira mais ou menos rápida.

O que as pesquisas indicam?

Em estudo recente da Universidade de Oxford (Inglaterra), uma nova variante do HIV foi identificada. As pessoas infectadas com essa variante (nomeada VB) apresentam uma carga viral quatro vezes maior do que o comum em infecções pelo vírus.

O sistema imunológico também se torna mais fraco de forma mais rápida, aumentando o risco de desenvolver a Aids. Porém, especialistas indicam que essa variante circula pela Holanda há anos e é receptiva ao tratamento com antirretrovirais.

Existe cura para o HIV?

Apesar de ainda não existir cura, a terapia com medicações antirretrovirais diminui a transmissão do vírus, promovendo maior qualidade de vida. Além disso, existem três casos no mundo relatados como remissão de longo prazo.

O terceiro e mais recente caso registrado foi apontado como inédito por usar uma nova modalidade de transplante de células-tronco e por ter curado uma paciente.

Caso faz parte de estudo conduzido pelas universidades da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e Johns Hopkins (JHU), em Baltimore. (Fonte: Pexels/Reprodução)
Caso faz parte de estudo conduzido pelas universidades da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e Johns Hopkins (JHU), em Baltimore. (Fonte: Pexels/Reprodução)

A paciente de 64 anos vivendo com HIV e leucemia mieloide aguda (LMA) foi submetida a um transplante com células-tronco retiradas do sangue de um cordão umbilical para tratar a leucemia. Ela foi considerada livre do vírus após 14 meses sem as medicações antirretrovirais.

Quer saber mais? Confira a opinião e a explicação dos nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: Ministério da Saúde, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

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