Medicina Integrativa: como se especializar nessa área?

16 de novembro de 2021 4 mins. de leitura
Saiba mais sobre esse campo de conhecimento e como se tornar um médico integrativo

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A medicina apresenta dois grandes desafios: promover a saúde integral dos pacientes; e tratá-los e, quando possível, curá-los, nos casos em que há alguma doença instalada. E, cada vez mais, a primeira vertente tem ganhado força em razão da possibilidade de prevenir quadros graves.

Por isso, a atenção primária tem sido mais valorizada, ainda mais no Brasil, em que o Sistema Único de Saúde (SUS) hierarquiza os níveis de assistência e privilegia essa esfera. Assim, áreas como a Medicina de Família e Comunidade (MFC) e Saúde Pública têm se destacado.

Mas há ainda outro campo médico que tem ganhado força nos últimos anos: a Medicina Integrativa. Por isso, vale a pena conhecer mais sobre a área e saber o que um médico deve considerar caso deseje trabalhar nesse ramo.

Entenda o que é a Medicina Integrativa

A Medicina Integrativa é um campo médico que integra outros saberes na promoção da saúde. (Fonte: Koldunov/Shutterstock/Reprodução)
A Medicina Integrativa é um campo médico que integra outros saberes na promoção da saúde. (Fonte: Koldunov/Shutterstock/Reprodução)

Também chamada de funcional ou integral, a Medicina Integrativa é um campo do conhecimento médico cujo objetivo é cuidar do paciente considerando a integração de diversos fatores, que vão desde o aspecto biológico até questões sociais, psicológicas e espirituais. Assim, ela procura dar foco à complexidade do indivíduo e não às doenças que ele pode apresentar.

A Medicina Integrativa tem como pressuposto que o indivíduo deve buscar equilíbrio entre suas dimensões, sejam elas afetiva, psíquica, espiritual, biológica e social. Mas como isso funciona na prática? 

Bem, tudo começa com uma escuta atenta e qualificada das demandas do paciente. Pode ser que um paciente vá muito ao consultório se queixando de dores, mas que sua real necessidade seja ser ouvido diante de um quadro de solidão. 

Nesse caso, além de prescrever analgésicos, pode-se recomendar também psicoterapia e atividades que gerem vínculos sociais, como esportes coletivos ou cursos que permitam o convívio com outras pessoas. 

Portanto, o tratamento perde o foco no ato médico e passa a ser compartilhado com muitos outros profissionais que colaboram para o bem-estar e a qualidade de vida. Exemplos disso são yoga, meditação, massagens terapêuticas, fitoterapia, homeopatia e acupuntura.

Saiba como se especializar em Medicina Integrativa

Como o Conselho Federal de Medicina (CFM) ainda não reconhece a Medicina Integrativa como uma especialidade, não há residências na área. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)
Como o Conselho Federal de Medicina (CFM) ainda não reconhece a Medicina Integrativa como uma especialidade, não há residências na área. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)

O médico que desejar conhecer mais sobre a área e atuar na perspectiva integrativa encontrará diversos cursos de extensão ou de especialização sobre o tema. Mas é importante destacar que essa não é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Portanto, diferente da acupuntura, da homeopatia, da MFC e outros campos médicos que se propõem a olhar para o paciente em sua complexidade, os médicos não encontrarão residências com formação nessa área.

Mas esse é um cenário que pode mudar. Em 2006, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS. Desde então, diversos terapeutas têm contribuído para a promoção de saúde em um sentido integral e tudo indica que a medicina integrativa ganhe o status de residência médica no Brasil.

Fonte:Blog Doctoralia, CEEN, Ministério Saúde, Blog Estácio. 

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