Nações do G7 pretendem discutir esquema global de vacinação

10 de maio de 2021 4 mins. de leitura
Cúpula dos países mais ricos do mundo deve se reunir e discutir um plano de financiamento para vacinação em massa contra a covid-19

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O G7, conhecido como o grupo de países mais ricos do mundo, deve liderar uma mobilização para que ocorra uma vacinação em massa contra a covid-19, segundo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, à BBC. A reunião do grupo deve ocorrer no mês de junho deste ano, e serão necessários 22 bilhões de euros para que países de baixa renda garantam a vacinação anualmente. 

Administrado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com outros grupos internacionais, o programa intitulado Covax está sendo desenvolvido para que o imunizante chegue de forma justa a todos os países, desde os ricos até os pobres. 

Segundo o The Guardian, o governo do Reino Unido já enviou milhões de doses da vacina contra a covid-19 para países em desenvolvimento que estão utilizando o plano Covax.

Por meio desse programa, as nações do G7 poderiam se reunir para que o imunizante chegue a todos os países e assim diminua tanto o número de internações quanto o de mortes. Só dessa forma seria possível falar em uma retomada das atividades, ativando a economia com segurança em todos os países.

“Precisamos gastar agora para salvar vidas e precisamos gastar amanhã para continuar vacinando a cada ano até que a doença não ceife mais vidas”, explicou Brown. Fazem parte do G7 os seguintes países: Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e União Europeia.

Nações do G7 vão discutir plano para que o imunizante possa chegar a todos os países, diminuindo o número de internações e mortes pela covid-19. (Fonte: Shutterstock)
Nações do G7 vão discutir plano para que o imunizante possa chegar a todos os países, diminuindo o número de internações e mortes pela covid-19. (Fonte: Shutterstock)

Desequilíbrio na vacinação entre os países preocupa a OMS

O plano de discutir a vacinação mundial com o auxílio das nações mais ricas surge em meio à crítica da OMS ao “desequilíbrio chocante” na distribuição dos imunizantes entre as nações mais desenvolvidas em comparação às mais pobres.

De acordo com Brown em publicação no jornal The Guardian, o esquema da imunização deveria cobrir mais de um quarto do mundo em desenvolvimento até o final de 2021. Porém, até o momento, menos de 1% da população da África Subsaariana conseguiu ser vacinada, por exemplo.

Desequilíbrio na distribuição das doses da vacinação entre as nações mais desenvolvidas em comparação às mais pobres chamou a atenção da OMS. (Fonte: Shutterstock)
Desequilíbrio na distribuição das doses da vacinação entre as nações mais desenvolvidas em comparação às mais pobres chamou a atenção da OMS. (Fonte: Shutterstock)

“Imunizar o Ocidente, mas apenas uma fração do mundo em desenvolvimento, já alimenta alegações de ‘apartheid de vacinas’ e deixará a covid-19 se espalhando, transformando e ameaçando a vida e o sustento de todos nós nos anos que virão”, declarou Brown.

Por isso, uma atitude deve ser tomada para evitar erros na doação a todos os países. As entregas das vacinas no programa Covax tiveram início em fevereiro e, desde o início, houve críticas de que a distribuição não foi rápida o suficiente.

As entregas de suprimentos de vacinas sob o programa Covax começaram em fevereiro, mas houve críticas de que não foram rápidas o suficiente desde o início. Até o momento, mais de 38 milhões de doses do imunizante foram entregues a mais de 100 países por meio do programa.

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Fonte: BBC, The Guardian.

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