Ações de combate devem englobar cuidados no âmbito familiar, bem como a incorporação de políticas públicas de promoção à saúde
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A obesidade infantil atinge níveis históricos nos Estados Unidos. Segundo os dados da pesquisa anual Trust for America’s Health, a obesidade no país piorou. No relatório de 2020, 42,4% dos adultos norte-americanos estavam obesos, e a obesidade infantil também aumentou. Cerca de 19,3% dos jovens, com idades entre 2 e 19 anos, são obesos. Para grau de comparação, em 1970 a taxa era de 5,5%.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos são obesas, e 6,4 milhões têm excesso de peso. Isso significa que 13,2% das crianças de 5 a 9 anos são afetadas pela doença.
A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura corporal em crianças de até 12 anos, quando é considerado que o peso da criança está, pelo menos, 15% acima do ideal para a sua idade. O diagnóstico pode ser feito pela análise do Índice de Massa Muscular (IMC).
A pandemia agravou a situação e teve um grande impacto na alimentação dos jovens e no aumento do sedentarismo. A interrupção abrupta de uma rotina escolar e de atividades físicas para as aulas a distância, isso ainda associado ao número de horas na frente do computador, tem prejudicado fisicamente e mentalmente os jovens.
A obesidade pode causar diabetes, hipertensão e níveis elevados de colesterol. Assim, melhorar a dieta das crianças e os hábitos delas (com a realização de esportes e exercícios físicos) é algo fundamental para que elas tenham um crescimento saudável.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos Estados Unidos, somente 50% das pessoas de 12 a 21 anos praticam atividade física regularmente. O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, mostrou que adolescentes entre 11 e 17 anos no Brasil não praticavam atividade física suficiente para se manterem saudáveis. Além das doenças já citadas, a obesidade também aumenta os riscos de agravamento da covid-19.
Em um estudo realizado pelo Hospital Geral de Massachusetts, os médicos avaliaram que as intervenções para prevenir a obesidade em crianças devem ocorrer nos mil primeiros dias de vida.
Esse momento é considerado um período crítico no qual pistas ambientais e nutricionais podem aumentar o risco de obesidade. Assim, caso os obstetras percebam o excesso de peso da mulher durante a gravidez e os pediatras analisem o ganho de peso excessivo nos bebês, medidas podem ser tomadas antes que os números sejam prejudiciais.
O estudo demonstrou como a mudança do comportamento dos pais em relação à saúde dos filhos e como os médicos prestam os cuidados às mães e aos bebês diminuíram o ganho de peso excessivo nos recém-nascidos.
Assim, é importante que as crianças cresçam em ambientes saudáveis e que os pais promovam a educação alimentar desde cedo, além de sempre darem o exemplo. Também é necessário que as crianças pratiquem exercícios físicos e, nesses casos, tanto as escolas quanto as políticas públicas são essenciais para incentivar e propor projetos dessa natureza.
Fonte: Observatório Obesidade, Science Daily, Boa saúde, Governo brasileiro.