Doença atinge principalmente idosos e pode estar ligada a fatores sociais e hereditários
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A demência pode ser definida como a perda lenta e progressiva das funções mentais que afeta atividades do cérebro como a memória, o pensamento e a capacidade de aprender, sendo especialmente comum em idosos. Essa doença pode ser causada por diversos fatores, como idade e condições genéticas, mas geralmente está associada a outras enfermidades, sendo Alzheimer a mais comum delas, responsável por mais de 60% dos casos de demência.
Os sintomas podem começar de forma leve, mas costumam evoluir gradativamente. Entre eles estão:
Pelo fato de os sintomas iniciais serem muito sutis, é comum que exista atraso no diagnóstico, o que pode levar a um avanço mais rápido da doença. Em condições mais graves, pacientes podem desenvolver:
Na maioria dos casos, não existe cura para a demência, porém há circunstâncias em que é possível tratar a doença e retomar as condições mentais do paciente para muito próximo do “normal”, quando a doença recebe o nome de demência reversível.
Alguns exemplos são:
Todas essas condições dependem do tamanho do trauma para que possam ser reversíveis. Lesões muito volumosas aumentam a dificuldade de cura; na maioria dos casos, porém, o tratamento é de apoio, buscando prolongar a qualidade de vida e a capacidade cognitiva do paciente.
Existem quatro tipos principais de demência, com causas e desenvolvimentos diferentes.
Existem outros tipos menos comuns de demência associados ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), à doença de Parkinson, entre outros.
Um estudo publicado na revista Alzheimer’s & Dementia analisou os fatores de risco que levam a doenças causadoras de demência. Quase 10 mil pessoas participaram de um trabalho realizado no Brasil que chegou à conclusão de que quase metade dos casos de demência está associada a 12 fatores de risco. São eles:
Segundo o estudo, o menor grau de escolaridade teve o maior impacto (7,7% dos casos), seguido de hipertensão (7,6%), perda auditiva (6,8%), obesidade (5,6%) e inatividade física (4,5%). Essas informações indicam que é possível reduzir o número de casos de demência com o desenvolvimento de programas e políticas públicas focadas nos pontos mais graves.