O que podemos fazer para colaborar com o combate à depressão? - Summit Saúde

O que podemos fazer para colaborar com o combate à depressão?

20 de março de 2023 3 mins. de leitura

Estudo recente mostrou que pessoas propensas geneticamente à depressão podem ter danos da doença reduzidos com uma boa rede de apoio

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Dar suporte emocional para uma pessoa que está passando por problemas é sempre uma boa ação, principalmente quando envolve alguma patologia. Infelizmente, nem todos têm familiares ou amigos próximos para dar esse apoio, e pequenos problemas, se não tratados adequadamente, podem se tornar insuportáveis no longo prazo.

Algumas pessoas podem ser geneticamente mais suscetíveis a desenvolver certas doenças, como depressão, em uma condição conhecida como depressão genética. Um estudo recente feito por uma equipe da Universidade de Michigan (Estados Unidos) concluiu que o suporte emocional é ainda mais importante nesses casos.

O estudo

Os pesquisadores dividiram o estudo em dois grupos de pessoas que passam por situação de estresse constante. No primeiro, foram colocados médicos no primeiro ano de atuação; o segundo foi composto de viúvas recentes.

Aliado a isso, foi usada uma pontuação de risco poligênico, que avalia a suscetibilidade genética de um indivíduo para determinadas patologias. Isso separou os grupos em indivíduos mais e menos propensos a desenvolver depressão, possibilitando avaliar a interação deles com e sem apoio em momentos de estresse.

Depressão atinge mais de 10% dos adultos brasileiros
Depressão atinge mais de 10% dos adultos brasileiros. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O estudo publicado na revista American Journal of Psychiatry identificou que, apesar de estarem mais suscetíveis à depressão, os participantes com maior risco genético obtinham melhores resultados quando recebiam apoio emocional em momentos difíceis, superando até mesmo os resultados dos menos propensos geneticamente.

“Esperamos que essas descobertas, que incorporam pontuações de risco genético, bem como medidas de apoio social e sintomas depressivos, deem clareza às interações entre gene e ambiente e, especificamente, a importância da conexão social no risco de depressão”, declarou Jennifer Cleary, doutoranda da Universidade de Michigan e uma das autoras do estudo.

Redes de apoio

A importância de apoio emocional para pessoas com propensão genética a doenças como a depressão traz à tona a importância da criação de redes de apoio no sistema de saúde pública. Nem todas as pessoas que estão expostas a esse tipo de patologia têm acesso a familiares e amigos que possam prover apoio e estrutura emocional necessários para melhorar a qualidade de vida.

Ter uma rede de apoio é fundamental para mitigar os danos da depressão. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Por isso, é importante que exista uma rede de apoio para que essas pessoas possam se abrir, discutir experiências e receber orientações em períodos de crise. Isso pode ser feito de várias formas, como:

  • com profissionais de Saúde especializados em doenças como depressão e ansiedade;
  • grupos de apoio e rodas de conversa com pessoas em situações patológicas e sociais similares;
  • acompanhamento psicológico regular;
  • mapeamento e monitoramento da propensão à depressão genética;
  • orientação pedagógica, vocacional e emocional para adolescente de alto risco.

Essas e outras medidas são importantes para que o sistema público de saúde possa evitar o aumento dos casos de depressão e ansiedade, que crescem todos os anos, principalmente entre os mais jovens. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10% da população brasileira acima de 18 anos já receberam pelo menos um diagnóstico médico da doença.

Fonte: Conceito De, Science Daily, CNN

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