Praticada há milhares de anos, meditação auxilia no relaxamento do corpo e pode até mesmo alterar fisicamente o cérebro
Publicidade
Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.
A meditação tem sido cada vez mais usada por quem pretende ter mais qualidade de vida. A prática milenar, comum em muitas religiões, é considerada um método de terapia e relaxamento do corpo e da mente. Entretanto, a compreensão científica sobre a meditação sempre foi relativamente escassa.
Nos últimos anos, pesquisadores têm dedicado tempo para entender como a meditação realmente afeta o cérebro humano e quais são os principais benefícios que essa prática oferece para nossas vidas. Sendo assim, quais são os dados existentes “por trás” desse exercício de relaxamento?
Em 2011, um estudo publicado na Psychiatry Research: Neuroimaging relatou que a prática constante da meditação pode ocasionar mudanças no cérebro. De acordo com o documento, oito semanas consecutivas de engajamento com média diária de 27 minutos do exercício são capazes de alterar fisicamente a mente e o cérebro.
O estudo selecionou dois grupos de participantes que nunca haviam meditado para analisar os dados. Enquanto metade continuou sem meditar, a outra foi colocada em um programa de redução de estresse baseado em meditação e realizado na Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos.
Aqueles que introduziram a meditação em suas vidas apresentaram melhorias como:
Durante o acompanhamento dos 16 participantes, os pesquisadores coletaram imagens de ressonâncias magnéticas tiradas da estrutura cerebral de cada indivíduo duas semanas antes e duas após o envolvimento no projeto.
A varredura do cérebro fez que os cientistas observassem um aumento da densidade de massa cinzenta no hipocampo no grupo que meditou e diminuiu a densidade de massa cinzenta na amígdala em comparação com o outro grupo.
Inscreva-se agora para o mais relevante evento de saúde do Brasil. É online e gratuito!
De maneira resumida, o hipocampo está envolvido na introspecção, na memória e no aprendizado, enquanto a amígdala interage com os estímulos nervosos do corpo — como a resposta de “luta ou fuga”.
Sendo assim, os pesquisadores apontaram relação de causalidade entre o aumento do relaxamento e a meditação por meio das mudanças estruturais no cérebro. Embora os dados ainda sejam rasos e a amostragem insuficiente, esse é um dos primeiros documentos a ressaltar os reais benefícios da prática.
Diversos países no mundo têm observado um aumento no número de praticantes de meditação durante os últimos anos. Em 2017, a Pesquisa Nacional de Saúde dos Estados Unidos indicou que o número de adultos adeptos da meditação triplicou entre 2012 e o ano em que o documento foi divulgado.
Enquanto, para algumas pessoas, essa pode ser considerada uma prática natural, os chamados exercícios de mindfulness podem trazer um pouco de dificuldade para outros indivíduos. Esse é um conceito que tem sido espalhado ao longo da história. Segundo o texto religioso Bhagavad Gita, que é considerado um dos maiores clássicos da espiritualidade no mundo, “é mais fácil controlar o vento do que a mente”.
Para atingir a tão sonhada meditação profunda, a pessoa em questão deve liberar as energias negativas e abraçar os sentidos do corpo. Portanto, a meditação nada mais é do que um treinamento para que as pessoas consigam se livrar de julgamentos internos e aprendam a se entregar ao subconsciente sem resistências criadas pela vida cotidiana.
Fonte: The Guardian.