Quem pode tomar a vacina contra o coronavírus?

26 de janeiro de 2021 4 mins. de leitura
Para receber a vacina com segurança, é necessário estar atento às recomendações das instituições sanitárias oficiais

Diversos países no mundo já começaram a imunizar sua população contra o coronavírus. Especialistas gerais garantem que uma boa parte das vacinas encontradas apresentaram eficácia comprovada e são seguras para a maioria das pessoas. 

No entanto, é preciso estar atento às diversas recomendações das instituições sanitárias oficiais, pois não são todos os grupos que serão vacinados em um primeiro momento.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o médico William Schaffner, especialista em doenças infecciosas da Universidade Vanderbilt, em entrevista ao portal Healthline, garante que as vacinas Moderna e Pfizer são amplamente seguras. 

Recentemente, a imunizante conhecida como CoronaVac, desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo, com a fórmula da empresa Sinovac, da China, foi anunciada com 78% de eficácia em casos moderados e 100% para casos graves. Isso significa que de cada 100 pessoas que forem vacinadas, 78 não vão desenvolver nenhum tipo de sintoma agravante.

“Os estudos mostram que é uma vacina segura com um rigor científico extremo”, afirmou o médico Sérgio Cimerman, por meio de uma nota divulgada pelo Instituto Butantan. “O impacto na população de casos graves e moderados de covid-19 são estupendos”, ele completou.

Vacina Coronavac possui 78% de eficácia em casos leves e moderados. (Fonte: Unsplash/Reprodução)
A vacina CoronaVac tem 78% de eficácia em casos leves e moderados. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Quem pode e quem não pode receber a vacina?

Por conta dos testes clínicos, existem alguns grupos específicos de pessoas que não podem receber as doses da vacina contra o coronavírus, por exemplo, menores de 18 anos de idade. O Instituto Butantan, por meio de suas redes sociais oficiais, já emitiu um comunicado no qual avisa que esse grupo não poderá ser imunizado agora. 

De acordo com as apurações do portal Healthline, em conversa com especialistas, não há problemas de segurança em relação às vacinas no que se refere a mulheres grávidas, para aquelas que estejam amamentando ou que eventualmente testaram positivo para a doença. 

Os estudiosos também destacaram que as pessoas que têm reações alérgicas graves a qualquer ingrediente da vacina não devem tomá-la. Já aqueles que apresentam doenças autoimunes ou outras crônicas devem consultar seus respectivos médicos antes de receber as duas doses do imunizante contra o coronavírus.

Nesse sentido, para a grande maioria da população mundial, a vacina é segura e eficaz. Para a médica infectologista Anne Liu, da Stanford Health Care, não há razão para se preocupar com quaisquer efeitos colaterais potenciais de longo prazo sobre a vacinação. “Isso não é algo que permanece em seu corpo por muito tempo, e a resposta imunológica gerada é bastante rápida”, ela garantiu.

Diversos países já iniciaram seu plano de vacinação. (Fonte: Unsplash/Reprodução)
Diversos países já iniciaram seu plano de vacinação. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Alertas à saúde

Os especialistas reforçaram que alérgicos a qualquer um dos compostos da vacina contra o coronavírus ou outros imunizantes no geral devem conversar com seu médico sobre o que seria melhor a se fazer. 

No entanto, a recomendação é para que essas pessoas não recebam nenhuma das doses da vacina, pois alguns pacientes já apresentaram reações alérgicas graves, mesmo não sendo tão comuns. No caso de uma reação após a aplicação da primeira dose, recomenda-se que a segunda não seja tomada. 

Já aqueles que testaram positivo para a covid-19 em algum momento do passado e se recuperaram podem ser vacinados sem qualquer problema. No entanto, os médicos pedem para que a recuperação tenha acontecido há pelo menos 90 dias, a fim de garantir que a resposta imunológica seja eficaz.

Portanto, a partir de agora, deve-se aguardar o início da imunização e seguir as recomendações dos especialistas, de acordo com o plano de vacinação nacional.

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Fontes: Healthline, Ministério da Saúde, Instituto Butantan.

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