A VR pode ser usada para tornar mais eficazes os tratamentos para pessoas que sofrem com limitações motoras
Publicidade
O processo de reabilitação é uma das fases mais importantes para pessoas que tiveram suas condições motoras afetadas por conta de acidentes ou doenças; por isso, aprofundar e aperfeiçoar as técnicas aplicadas para recuperar os movimentos dos pacientes é fundamental para garantir uma melhoria na qualidade de vida e dar mais independência para eles.
A realidade virtual, apesar de ser usada principalmente em jogos de videogame e computadores, tem sido uma ferramenta importante para estimular a recuperação de movimentos de pacientes. Embora a tecnologia tenha sido desenvolvida originalmente para diversão, os benefícios que os avanços representam para a saúde são valiosos.
Sessões para reabilitar pacientes podem se tornar mais prazerosas e divertidas, pois os estímulos gerados pela aplicação da tecnologia causam um efeito de memória motora. É importante levar em consideração a percepção do paciente sobre os movimentos realizados, visto que a melhoria vem com a intensa repetição dos exercícios e que as tradicionais sessões de fisioterapia podem, com o decorrer do tempo, passar a impressão de que não estão surtindo efeito.
É fundamental a imersão do paciente em situações cotidianas para que a reabilitação se torne um percurso mais fácil e agradável de ser percorrido; por isso, quando o paciente é submetido a estímulos de movimentos naturais e em contextos reais, a resposta do cérebro é mais rápida.
A intenção de qualquer procedimento de reabilitação é fazer com que o paciente se sinta melhor e mais capaz a cada atividade que exerce. Sendo assim, a realidade virtual associada ao tratamento pode ser muito importante para a qualidade de vida desses pacientes.
Jogos e aplicativos já estão sendo testados como forma de tratamento para pessoas que precisam passar por um processo de reabilitação, como é o caso de pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Há projetos já desenvolvidos que tiveram a colaboração da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com o Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia (Brainn) e foram apresentados no 4th BRAINN Congress. Alguns softwares foram produzidos para simular tarefas ou atividades comuns, como subir e descer escadas ou caminhar. A intenção é criar um cenário mais favorável para que o paciente possa executar movimentos de forma lúdica e real.
Para dar suporte à técnica de VR, hardwares também estão em processo de desenvolvimento. Dessa maneira, o paciente estará inserido em um contexto autêntico, com apoio de equipamentos que acompanham e avaliam o seu desempenho.
Várias instituições estão engajadas na produção, no desenvolvimento e na execução de projetos que visam proporcionar resultados melhores para pacientes com limitação de movimentos. A maioria segue em processo de adequação para confirmar a segurança e o controle das técnicas aplicadas para reabilitação.
Fontes: Fapesp, Miotec, Interfisio.