Entenda as características do Tamiflu e por que o seu uso deve ser supervisionado por um médico
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Ainda vivendo a preocupação da pandemia causada pelo coronavírus, principalmente com a chegada da variante ômicron, diversos países já confirmaram novos surtos de influenza. O temor é com o tipo H3N2 do vírus, que tem sintomas similares aos da gripe comum, mas pode gerar complicações, especialmente para os grupos de risco.
Em meio ao crescimento dos casos no Brasil, muitas cidades têm visto os estoques de Tamiflu, o remédio que tem como princípio ativo o fosfato de oseltamivir, esgotando. Especialistas, entretanto, alertam para o risco da automedicação e indicam os casos em que o antiviral deve ser usado. Vamos saber mais desta variante da influenza e como a combater.
A influenza, ou gripe, é a infecção do sistema respiratório causado pelos vírus da influenza. Estes são divididos em três tipos A, B e C, com os dois primeiros sendo responsáveis pelas maiores epidemias. Esses vírus têm a característica de sofrerem muitas mutações, mais do que os coronavírus e, por isso, as vacinas contra a gripe precisam ser atualizadas anualmente.
A variante H3N2 já é conhecida desde a década de 1960, mas em meados de 2021 uma nova variante, denominada Darwin (em referência a cidade na Austrália na qual foi descoberta), chamou a atenção dos pesquisadores. Estudos preliminares mostram que essa variante pode se espalhar mais rápido, sendo mais letal entre crianças e idosos.
Apesar de a vacina atual contra a gripe já proteger contra a H3N2, ela não leva em conta a nova variação. Os cientistas, entretanto, recomendam que se tome a vacina, pois ela pode impedir que a infecção pela variante Darwin evolua para casos mais graves.
O Tamiflu é um remédio antiviral com o composto fosfato de oseltamivir. A medicação ficou conhecida no Brasil após o surto de H1N1, conhecida como gripe suína, que ocorreu em 2009.
O Tamiflu difere dos principais remédios indicados para a gripe, pois age contra o vírus em vez de apenas combater os sintomas. Porém, a medicação não deve ser usada indiscriminadamente.
O medicamento deve ser usado apenas em pacientes que apresentem síndrome respiratória aguda grave (SRAG), síndrome gripal (SG) ou que façam parte do grupo de risco. Entre eles estão:
A medicação deve ser iniciada em até 48 horas desde o surgimento dos sintomas, senão pode não apresentar os resultados desejados. Os efeitos colaterais incluem dores de cabeça, náusea, vômitos e dor no corpo. Em crianças, o Tamiflu pode causar mudanças de humor, confusão mental e alucinações, nesses casos o médico deve ser procurado imediatamente. Além disso, existe o risco de reações alérgicas graves, portanto o uso só deve ser realizado sob prescrição médica.
Vale lembrar que todas as medidas de proteção que se popularizaram contra o coronavírus são efetivas contra os vírus da gripe. Portanto, o uso de máscara, o distanciamento social e a higiene das mãos podem salvar vidas.
Fonte: A Gazeta, Tua Saúde, Secretaria de Saúde PR, Ministério da Saúde, TJDF, Metrópoles, A Cidade, Midiamax.