Como assistentes de voz podem revolucionar o atendimento médico

30 de setembro de 2019 3 mins. de leitura
Recursos estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas e podem ajudá-las a viver de modo mais saudável

Assistentes de voz são uma ferramenta tecnológica que vem auxiliando pessoas em diversas áreas: pedindo para a Alexa (Amazon) procurar uma música, solicitando uma receita para o Google Home ou esclarecendo uma dúvida com a Siri (Apple), a inteligência artificial nos ajuda a navegar em nossa rotina com mais praticidade. A novidade do momento é que esses recursos podem também revolucionar o atendimento médico. E isso já está acontecendo.

Em Boston, no Centro Médico Beth Israel Deaconess (BIDMC), o atendimento médico está se beneficiando dessa tecnologia. Os pacientes podem pedir para a Alexa chamar uma enfermeira em vez de precisarem apertar o botão ao lado da cama. Do mesmo modo, dúvidas acerca da dieta e dos remédios a serem tomados podem ser tiradas com a assistente de voz.

A rede de saúde Northwell também entrou nessa tendência, utilizando tanto a Alexa quanto o Google Assistente para informar aos pacientes sobre os tempos de espera em salas de emergência nas redondezas. Assim, quem precisa ser atendido imediatamente sabe para onde ir no momento certo.

Essa tecnologia pode revolucionar principalmente a vida de quem mora sozinho, como idosos que precisam se lembrar de tomar os remédios, pois é possível estabelecer lembretes diários em horários específicos, ou pessoas com dificuldades de locomoção, que podem acionar aparelhos, ligar as luzes, escutar música e até pedir ajuda apenas usando o comando de voz.

Os pacientes, no entanto, não são os únicos beneficiados: os médicos podem usar assistentes de voz para tornar as consultas mais eficientes e diminuir a papelada envolvida em receitas, anotações e marcações. Dizer em voz alta: “Siri, agende a consulta para daqui a 2 semanas” e ter o evento marcado no calendário automaticamente é bem mais prático do que revirar papéis ou inserir dados manualmente em uma agenda virtual.

Nesse caso, no entanto, aparecem questões de privacidade. Para que os assistentes de voz possam ser utilizados em consultas, os pacientes devem permitir a gravação da consulta. Além disso, eletrônicos podem ser hackeados, e a proteção dos dados do paciente precisa ser uma prioridade.

Outra questão a ser resolvida é a resistência dos próprios pacientes a essa tecnologia, especialmente quando se trata de idosos. Confiar que uma máquina pode dar a informação certa e precisa não é fácil, além de ser um serviço muito recente que exige treino e paciência para o uso adequado.

Ainda que a tecnologia dos assistentes de voz não seja a ideal e talvez demore um tempo para que seja aplicada amplamente no atendimento médico, suas possibilidades são vastas, e os avanços da ciência prometem cada vez mais novidades.

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Fonte: Wired.

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