Governo de São Paulo procura soluções para monitoramento de sinais vitais a distância por conta da pandemia do coronavírus
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Com a pandemia provocada pela covid-19, frequentar consultórios médicos e hospitais se tornou um risco de ser infectado, mas os profissionais de saúde responsáveis por acompanhar pacientes em estado grave não podem evitar a exposição e o risco de contrair a enfermidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de infectados na categoria está entre 8% e 10%.
Dessa forma, encontrar maneiras de monitorar os sintomas de pacientes à distância pode ser uma forma de ampliar o atendimento sem colocar em risco enfermeiros, médicos, técnicos e demais trabalhadores dos sistemas de saúde. A tecnologia tem uma importante contribuição nesse sentido, mas as soluções precisam ser aplicadas de acordo com cada realidade.
Para identificar ferramentas inovadoras, o governo de São Paulo abriu um edital para inscrição de ideias em tecnologias, produtos, processos e serviços, integrados ou não, bem como projetos de inovação voltados ao aumento da eficiência da operação hospitalar e à segurança dos profissionais de saúde no combate à covid-19.
A rotina é desgastante e custosa para o sistema de saúde, além de aumentar o risco de infecção por coronavírus. Para que um profissional possa acessar um leito hospitalar, são necessárias a paramentação e a desparamentação completas; além disso, há gastos com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no hospital.
Para tanto, a chamada do governo de São Paulo tem como objetivo a adoção de soluções inovadoras baseadas em tecnologias para monitorar sinais vitais, equipamentos multiparamétricos e aparelhos auxiliares na recuperação do paciente em unidade de tratamento intensivo (UTI) ou enfermaria, inclusive com capacidade de operar bombas de infusão e ventiladores de maneira remota, inteligente e integrada.
As propostas selecionadas pelo edital serão encaminhadas para instituições como Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM/USP), Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES), Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e Companhia de Processamento de Dados de São Paulo (Prodesp).
As soluções precisam ser replicáveis em equipamentos de diferentes fabricantes e gerações. A gestão de dados deve conectar todas as informações em uma plataforma única, com possibilidade de integração com hardwares e softwares externos com base nos conceitos de Internet das Coisas (IoT). A ferramenta necessita ser capaz de gerar relatórios customizáveis, para permitir a análise de informações a partir de modelos inteligentes e automatizados.
A plataforma precisa ser acessível e de fácil uso por diversos níveis de profissionais, com desenvolvimento escalável e potencial de execução em massa. A solução deve ter foco no usuário, com produção replicável por diferentes provedores de saúde, considerando as infraestruturas disponíveis em cada local.
O edital prevê como principais benefícios a orientação e o apoio na implantação de projetos pilotos, além de uso de infraestrutura laboratorial. As soluções poderão ser aplicadas em ambientes de uso real para validação no Hospital das Clínicas e em outros órgãos.
A chamada também prevê a aceleração de negócios para startups e pequenas e médias empresas selecionadas. Os envolvidos poderão contar com a articulação de potenciais fornecedores e parceiros para contratação e escalonamento da produção para as apresentações validadas pelo programa.
O governo de São Paulo dará suporte para expansão nacional e internacionalização das soluções implantadas, realizando a conexão com fontes de financiamento público e privado. Dessa forma, as criações poderão ser adotadas por órgãos do governo, sendo expostas na publicidade utilizando o Estado de São Paulo como vitrine de iniciativas tecnológicas de sucesso.
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Fontes: Ideia Gov.