Covid-19 acelera transformação digital do setor de saúde - Summit Saúde

Covid-19 acelera transformação digital do setor de saúde

25 de julho de 2020 5 mins. de leitura

Evolução rápida de tecnologias no segmento de saúde é essencial para superar a crise mundial provocada pelo coronavírus

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A tecnologia tem sido uma importante protagonista na resposta da sociedade mundial à pandemia de covid-19. O sistema de saúde está na primeira linha de enfrentamento da crise e, portanto, precisa de uma evolução rápida para combater o novo coronavírus.

Conheça o Summit Saúde, um evento que reúne as maiores autoridades do Brasil nas áreas médica e hospitalar.

Tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Big Data, Computação em Nuvem e Internet das Coisas (IoT) oferecem soluções inovadoras, de baixo custo com alto impacto, além da garantia de segurança sanitária. Na prática, o sistema pode ampliar sua capacidade de atendimento e eficiência para focar na promoção de saúde.

As informações deixaram de gerar o trabalho braçal, desde preenchimento de prontuários até os trâmites burocráticos. Agora, a computação é responsável pela organização automática e em tempo real desses dados, em um sistema de fácil acesso, permitindo a realização de exames por meio de monitoramento e com diagnósticos remotos.

Cooperação mundial contra a covid-19

Médicos e cientistas do mundo todo se reuniram em grupos de cooperação internacional diante da necessidade de uma resposta urgente dos sistemas ao surto mundial de covid-19. Essa comunidade de profissionais, instituições de pesquisa, universidades e órgãos públicos está avançando rapidamente em direção a um tratamento e a uma vacina.

O sequenciamento genético e o compartilhamento desses dados na internet deram origem a uma análise de 7 mil amostras, que identificou 198 variações genéticas do Sars-Cov-2, e permitiu mapear parte da disseminação inicial do vírus. A cooperação tem sido importante também para desenvolver terapias alternativas, a partir de estudos anteriores.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta recomendações claras e seguras para o enfrentamento da crise sanitária. Os dois países com maior número de infectados e óbitos por coronavírus no mundo, Estados Unidos e Brasil, coincidentemente, têm-se afastado das orientações.

Resposta rápida

Uma das grandes vantagens da tecnologia é a sua facilidade em ser aplicada e replicada, a partir da internet. O compartilhamento de informações por meio de redes sociais e sites noticiosos nos dão acesso a uma série de soluções que foram desenvolvidas por cientistas.

Profissionais da área de tecnologia também apresentaram rapidamente soluções para casos emergenciais, como o que aconteceu no Norte da Itália. Diante da falta de equipamentos para salvar vidas, imprimiram em 3D uma válvula necessária para os respiradores.

O projeto de impressão foi compartilhado para que outras pessoas pudessem ajudar hospitais em todo o mundo. Além disso, esse mesmo grupo desenvolveu um equipamento de proteção individual a partir da adaptação de uma máscara de mergulho com peças impressas em 3D.

Telemedicina em alta

Telemedicina diminui a exposição dos médicos ao coronavírus, deu mais agilidade ao atendimento e proporcionou mais conforto para o paciente. (Fonte: Shutterstock)

Com as medidas de distanciamento social para conter o avanço da doença, hospitais e consultórios tiveram de se adaptar para fazer um atendimento a distância. A tecnologia trouxe mais praticidade no acesso a laudos e resultados de exames, diminuição dos gastos de todas as instituições, médicos, pacientes e maior alcance a laboratórios e consultórios.

Além disso, a telemedicina permite a ampliação do número de pessoas atendidas, tudo feito com agilidade e segurança para todos os envolvidos. A tecnologia colabora com outros casos, por exemplo a terapia online, feita por meio de aplicativos, plataformas online e até videoconferência.

Adotados de forma emergencial, essas medidas devem se consolidar como “novo normal”, pois oferecem um modelo de trabalho mais eficiente e podem ser utilizadas como complementar ao atendimento tradicional, que é indispensável em alguns casos. Com isso, podem aliviar o sistema tradicional de saúde para os casos essenciais.

Transformação Digital no Brasil

Em um futuro breve, impressão 3D de órgãos com biotecnologia pode representar uma revolução para os pacientes de doenças crônicas que necessitam de transplante. (Fonte: Shutterstock)

Uma das maiores referências no Brasil em transformação digital no setor é a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. A instituição começou a investir forte na revolução tecnológica para transformar o hospital em 2017, com criação de diretoria própria voltada à inovação no setor.

O local desenvolve soluções de telemedicina, mobile health, IA e bioinformática, com uma equipe de 40 profissionais da Saúde, de gestão de inovação, da Ciência da Computação, entre outros. A instituição também tem um laboratório de inovação que desenvolve aplicativos para hospitais, médicos e pacientes.

O hospital mantém uma contribuição contínua com startups e já chegou a receber 1,3 mil propostas de soluções nos últimos 4 anos. Uma incubadora desenvolve projetos de tecnologia biológica para diagnóstico e terapias, aplicativos para suporte a paciente e médico, inclusive com reconhecimento facial, além de equipamentos médicos e impressoras 3D.

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Fontes: HealthTech Magazine, Modern Healthcare.

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