Diabete: como funciona o tratamento com pâncreas artificial? - Summit Saúde

Diabete: como funciona o tratamento com pâncreas artificial?

24 de maio de 2022 3 mins. de leitura

Dispositivo injeta insulina de forma automatizada, facilitando o dia a dia de quem tem a doença crônica

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Pâncreas artificial promete revolucionar o tratamento da diabete tipo 1, doença crônica em que o corpo não produz insulina, hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue. O dispositivo simula o funcionamento de um órgão saudável, monitorando a glicose e liberando doses adequadas de insulina. Entre os resultados, destacam-se a melhoria na qualidade de vida dos pacientes e a redução do risco de complicações em decorrência da diabete.

Como funciona o pâncreas artificial?

O dispositivo simula o funcionamento de um órgão saudável, com três partes trabalhando juntas para controlar a glicose sanguínea. Um pequeno sensor sob a pele realiza o monitoramento, coletando informações que guiam a quantidade de insulina a ser entregue por uma bomba de infusão.

Um aplicativo de celular permite o acompanhamento das informações. Nele, também é inserida a quantidade de carboidratos consumida nas refeições, único momento em que o sistema não funciona de forma totalmente automatizada.

Dispositivo elimina necessidade de injeções de insulina, administradas pelo paciente ou cuidador para regular níveis sanguíneos de glicose.
Dispositivo elimina necessidade de injeções de insulina administradas pelo paciente ou cuidador para regular níveis sanguíneos de glicose. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Assim, se há risco de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), o sistema suspende a entrega de insulina; já se a ameaça é de hiperglicemia (nível alto de glicose), o sistema aumenta as doses do hormônio.

Qual é o impacto do pâncreas artificial?

Ao liberar insulina de forma automática, o mecanismo elimina a necessidade de injeções do hormônio. Este passa a ser liberado em pequenas doses ao longo do dia, conforme o sistema detecta que os níveis de glicose estão fora da faixa de normalidade.

Dessa forma, o dispositivo melhora a qualidade de vida dos usuários, que não precisam mais se preocupar com a administração de doses de insulina ou medições de glicose frequentes, reduzindo as ações exigidas de pacientes e cuidadores.

Sensor e bomba de infusão conversam para administração de doses adequadas de insulina.
Sensor e bomba de infusão “conversam” para administração de doses adequadas de insulina. (Fonte: National Institutes of Health (NIH)/Reprodução)

Além disso, o sistema oferece benefícios de longo prazo. Ao manter o nível de açúcar no sangue adequado por mais tempo, diminui-se o risco de complicações da diabete, como danos ao coração, bem como aos rins, olhos e nervos.

O pâncreas artificial está disponível no SUS?

O dispositivo não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e custa aproximadamente R$ 24 mil, sendo implantado pela primeira vez no Brasil em janeiro deste ano.

Segundo o International Diabetes Federation (IDF), o Brasil é o sexto País com mais adultos de 20 a 79 anos de idade com diabete (15,7 milhões). A estimativa é de que até 2045 sejam 23,2 milhões de pessoas nessa faixa etária convivendo com a doença.

Quer saber mais? Assista aqui à opinião e explicação dos nossos parceiros especialistas em saúde.

Fonte: Tecmundo, Diabetes Atlas, Einstein.br, Hospital Nossa Senhora das Graças.

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