Elon Musk quer usar sensores cerebrais para controlar máquinas

30 de setembro de 2019 3 mins. de leitura
Neuralink é a empresa menos conhecida do bilionário, mas tem ambições gigantes

Neuralink, uma das empresas mais misteriosas do bilionário Elon Musk, finalmente começou a mostrar um pouco mais do trabalho que está realizando. A companhia tem o objetivo de conectar o cérebro de seres humanos a uma inteligência artificial, tornando possível controlar a tecnologia apenas com o uso do pensamento.

A conexão entre o cérebro e o computador seria uma maneira de melhorar a qualidade de vida de pessoas com algum tipo de paralisia, membros amputados ou que por alguma razão não consigam acessar a tecnologia de maneira convencional.

Recentemente, Musk investiu US$ 100 milhões na Neuralink e mostrou as iniciativas que estão sendo tomadas para que no futuro as pessoas possam conectar um computador ao cérebro de forma segura e indolor. O executivo já é conhecido por seu trabalho com carros autônomos e foguetes reutilizáveis.

Humanos conectados

Na apresentação dos sensores cerebrais foram mostrados os eletrodos da Neuralink que seriam implantados. Mais finos que um fio de cabelo e quase invisíveis a olho nu, os componentes ainda precisam de um cirurgião que perfure o crânio para serem instalados no cérebro, mas a ideia é que no futuro um robô cirúrgico utilize laser para que os eletrodos sejam implantados em furos de apenas 2 milímetros.

Os sensores cerebrais se conectariam com o dispositivo atrás da orelha e teriam conexão Bluetooth. O N1, primeiro chip da empresa, deve ser testado em humanos a partir do segundo trimestre de 2020.

Ficção científica ou realidade próxima?

Na apresentação para a imprensa, Musk declarou que o principal objetivo era recrutar pessoas, já que a companhia precisa de novos colaboradores. O presidente da Neuralink, Max Hodak, assumiu que não tinha certeza se “essa tecnologia foi uma boa ideia”, mas que Musk o convenceu de que seria possível. Os executivos da Neuralink reconheceram que ainda há um longo caminho pela frente até que a tecnologia seja comercializada, mas estão esperançosos que a novidade possa um dia ajudar pessoas a recuperar mobilidade ou até mesmo visão, fala e escuta.

No livro de ficção científica Neuromancer, escrito por William Gibson em 1984, existe um pequeno cartucho conectado ao cérebro para fornecer novos conhecimentos de forma instantânea, como um novo idioma. Recentemente, a série Years and Years também explorou o tema, chamando de transhumanos aqueles que têm o cérebro conectado a algum dispositivo.

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Fonte: The Verge.

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