Fintechs investem recursos no setor de saúde no Brasil

25 de maio de 2020 4 mins. de leitura
startups voltadas para operações financeiras começam a se interessar em oferecer soluções ao setor
As startups do mercado financeiro, também conhecidas com fintechs, podem tornar o acesso a saúde melhor, mais barato e com melhor resposta às necessidades dos pacientes. Essas empresas podem fornecer soluções inovadoras de medicina suplementar, integração de cadeias de suprimentos, entre outros. No mundo inteiro, empresas vêm demonstrando interesse em participar do segmento médico, oferecendo produtos para pacientes, clínicas e hospitais. A maior fintech da China, Ant Financial, um braço da gigantesca Alibaba, começou a operar o próprio programa de assistência de saúde. Em apenas seis meses, o produto chamado Xiang Hu Bao já atraiu mais de 50 milhões de usuários e funciona como um consórcio, em que todos os membros contribuem para pagar as despesas de alguém que precisa de tratamento. A tendência começa a chegar ao Brasil e promete tornar mais eficiente o cotidiano no setor.

Fintechs do Brasil focadas em saúde

Uso de Big Data e inteligência artificial na saúde são diferenciais das fintechs. (Fonte: Shutterstock)
Bancos tradicionais, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander, já enxergaram o potencial das fintechs no mercado brasileiro. Essas instituições realizam parcerias com as startups e até adquirem participação nas companhias, entre outras estratégias. O Bradesco, por exemplo, pretende investir R$ 200 milhões em três segmentos prioritários: fintech, saúde e seguros. Os serviços oferecidos pelas startups financeiras brasileiras vão desde planos e seguros de saúde até sistemas de gestão de clínicas. Com tecnologias integradas, como inteligência artificial e Big Data, podem tornar as empresas de saúde mais eficientes, barateando serviços e ampliando atendimentos.

Planos de saúde

O segmento de planos de saúde é o que mais ganha a atenção das fintechs brasileiras. As companhias que oferecem esse tipo de serviço têm modelos e preços diferentes. Na maioria dessas startups, como Cuida Mais, Vale Saúde Sempre e TEM Saúde, os clientes investem menos de R$ 30 por mês, tendo acesso a uma lista de profissionais e laboratórios credenciados com valores mais acessíveis pagos pelo paciente diretamente ao estabelecimento.
Teleconsulta é um dos serviços oferecidos por fintechs. (Fonte: Shutterstock)
Um modelo semelhante é adotado pela alt.bank, mas com um diferencial: a startup oferece uma conta bancária digital com serviços de telemedicina. Caso o cliente atinja certa média de gastos nos cartões de débito ou crédito, o custo da mensalidade é devolvido.

Sistemas de gestão

A redução dos gastos de empresas com assistência médica de funcionários também é um campo de interesse para as fintechs. Já há algum tempo no Brasil as startups perceberam potencial ganho financeiro ao focarem a promoção da saúde em vez do tratamento de doenças. A corretora Gesto lançou, em 2010, a primeira plataforma de inteligência artificial para a gestão de saúde no País. Outra pioneira, a AxisMed, que nasceu brasileira, mas foi vendida para o grupo Telefônica, há 18 anos oferece serviço de gestão preventiva de doenças crônicas. Interessou-se pelo assunto? Conheça o Summit Saúde, um evento que reúne as maiores autoridades do Brasil nas áreas médica e hospitalar. Acompanhe as notícias mais relevantes do setor pelo blog. Para saber mais, é só clicar aqui. Fontes: ACE startups, Distrito.me, Liga Insights, Febraban, Conexão Fintech, Brazil Journal, Fintech For Health, Cuida Mais, TEM Saúde, Vale Saúde Sempre, AxisMed e Gesto.
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