Malária: vacina apresenta eficácia de 77% em estudos - Summit Saúde

Malária: vacina apresenta eficácia de 77% em estudos

16 de maio de 2021 3 mins. de leitura

Desenvolvido pela Universidade de Oxford, o imunizante pode ser um grande aliado no combate à doença

Publicidade

Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.

Segundo informações da BBC, uma vacina contra a malária desenvolvida por uma equipe da Universidade de Oxford apresentou eficácia contra a doença de até 77%, nos primeiros testes realizados — sendo a primeira a atingir a meta exigida.

A malária é a responsável por mais de 400 mil mortes por ano, atingindo principalmente crianças da África Subsaariana. Segundo os pesquisadores, o desenvolvimento do imunizante pode ter um grande impacto na saúde pública mundial.

A pesquisa da vacina ocorreu em Burkina Faso e foi testada em 450 crianças, ao longo de 12 meses de acompanhamento. Todas as aplicações tiveram como resultado um alto nível de eficácia e segurança. Agora, como segundo passo, um ensaio maior será realizado.

Quase 5 mil crianças, entre cinco meses e três anos, receberão a dose do imunizante em quatro países africanos para avaliação dos resultados. Causada por um parasita que transmite a doença por meio da picada de mosquito, pode ser fatal.

Mesmo com a possibilidade de cura e de evitar a enfermidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que houve 229 milhões de casos da doença em todo o mundo em 2019, com o total de 409 mil mortes. Os principais sintomas são: febre, dores de cabeça e calafrios, que sem tratamento podem progredir rapidamente.

Testada em 450 crianças ao longo de 12 meses de acompanhamento, a vacina teve como resultado alto nível de eficácia e segurança. (Fonte: Shutterstock)
Testada em 450 crianças ao longo de 12 meses de acompanhamento, a vacina teve como resultado alto nível de eficácia e segurança. (Fonte: Shutterstock)

Vacina pode salvar muitas vidas

Os primeiros testes desse imunizante tiveram início em 2019, antes do aparecimento do novo coronavírus. A equipe de Oxford conseguiu inclusive desenvolver a sua própria vacina contra a covid-19, com a AstraZeneca, tendo como base a pesquisa feita sobre a malária.

Segundo o pesquisador Hill, uma vacina contra a malária demorou para ser concretizada devido aos milhares de genes existentes da doença. Sendo ainda maiores do que as variações atuais do coronavírus. 

Antes do resultado da pesquisa com a nova vacina, apenas um imunizante havia demonstrado eficácia de 55% contra a malária em crianças africanas, a OMS determina no mínimo 75% de eficácia. (Fonte: Shutterstock)
Antes do resultado da pesquisa com a nova vacina, apenas um imunizante havia demonstrado eficácia de 55% contra a malária em crianças africanas, a OMS determina no mínimo 75% de eficácia. (Fonte: Shutterstock)

Além disso, é necessário uma resposta imunológica muito alta do imunizante contra a malária para conseguir sucesso no combate à doença. Por isso, os estudiosos veem os resultados com grande entusiasmo. 

De acordo com o ministro da saúde de Burkina Faso, o professor Charlemagne Ouédraogo, os dados mostram que a vacina contra a malária pode ser licenciada nos próximos anos. “Essa seria uma nova ferramenta extremamente importante para controlar a malária e salvar muitas vidas”, disse ele.

Não perca nenhuma novidade sobre a área da saúde no Brasil e no mundo. Inscreva-se em nossa newsletter.

Fonte: BBC.

Webstories