Nova vacina contra a covid-19 pode oferecer ampla proteção

15 de maio de 2021 3 mins. de leitura
Ministério da Saúde da Rússia divulgou informações sobre a vacina utilizada para evitar casos de coronavírus

Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.

Uma nova vacina contra a covid-19 mostrou resultados promissores nos primeiros testes realizados em animais. O imunizante, que está sendo desenvolvido por Steven L. Zeichner, pesquisador do UVA Health, e Xiang-Jin Meng, da Virginia Tech, pode oferecer proteção contra as cepas atuais e futuras do novo coronavírus. 

Os testes, que foram realizados em suínos, demonstraram que o imunizante não evitou a infecção pelo Sars-CoV-2, mas preparou o sistema imunológico para criar uma forte resposta imunológica durante a infecção, reduzindo as chances de desenvolver sintomas graves da doença. 

A vacina em desenvolvimento utiliza uma parte da proteína spike do vírus, o peptídeo de fusão viral que é encontrado de forma universal entre os diversos tipos de coronavírus. 

No mundo todo, não foi observada nenhuma diferença entre os peptídeos de fusão nas variantes do Sars-CoV-2, o que permite à vacina ser eficaz contra futuras mutações e o vírus em circulação.

A nova vacina poderia oferecer soluções para barreiras globais, como baixo custo, facilidade de armazenamento e produção em larga escala. (Unsplash/Reprodução)
A nova vacina pode oferecer soluções para barreiras globais, como baixo custo, facilidade de armazenamento e produção em larga escala. (Fonte: Unsplash)

Vacina tem abordagem inovadora com baixo custo

“Nossa nova plataforma oferece uma nova rota para produzir vacinas rapidamente a um custo muito baixo que podem ser fabricadas em instalações existentes em todo o mundo, o que deve ser particularmente útil para a resposta à pandemia”, comentou Zeichner, em entrevista ao site da UVA Health.

A plataforma faz a síntese de DNA de uma parte do vírus que pode instruir o sistema imunológico a montar uma resposta imunológica protetora. Após a síntese, o DNA seria inserido no plasmídeo. Este, então, é introduzido nas bactérias, instruindo-as a desenvolver a proteína do vírus em sua superfície. Desse modo, elas seriam cultivadas em um fermentador para a replicação proteica e, logo depois, mortas com uma baixa concentração de formalina.

O pesquisador Steven L. Zeichner disse estar contente com a parceria entre a UVA e Virgínia Tech no desenvolvimento do imunizante.  (UVA Communications/Reprodução)
O pesquisador Steven L. Zeichner disse estar contente com a parceria entre a UVA e Virginia Tech no desenvolvimento do imunizante. (Fonte: UVA Communications/Reprodução)

“Vacinas de células inteiras estão atualmente em uso generalizado para proteger contra doenças mortais como cólera e coqueluche. Fábricas em muitos países de baixa e média rendas, em todo o mundo, estão fazendo centenas de milhões de doses dessas vacinas por ano, agora por 1 dólar por dose ou menos. Pode ser possível adaptar essas fábricas para fazer essa nova vacina. Como a tecnologia é muito semelhante, o custo também deve ser semelhante”, concluiu Zeichner.

Próximos testes da vacina 

A vacina ainda precisa passar por novos testes clínicos antes do Food and Drug Administration (FDA) e outras agências regulatórias em todo o mundo aprovarem os estudos em humanos. Os dados dos testes iniciais foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS)

Não perca nenhuma novidade sobre a área da saúde no Brasil e no mundo. Inscreva-se em nossa newsletter.

Fonte: Eureka Alert, UVA Health.

92240cookie-checkNova vacina contra a covid-19 pode oferecer ampla proteção