O que é imunoterapia e como ela funciona?

11 de julho de 2022 4 mins. de leitura
A imunoterapia pode ser indicada no combate a vírus, bactérias, câncer e doenças autoimunes

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A imunoterapia é um tratamento que visa fortalecer o sistema imunológico do paciente. Também chamada de terapia biológica, combina um conjunto de práticas que busca tornar o organismo da pessoa mais capaz de combater enfermidades.

Esse processo é bastante utilizado na tentativa de curar o câncer. Além disso, é possível fazer o uso da imunoterapia para o tratamento de doenças autoimunes e de algumas infecções provocadas por vírus e bactérias.

Normalmente, os médicos decidem fazer o uso desse conjunto de práticas quando as outras opções médicas não funcionaram ou não apresentam o resultado esperado na pessoa.

A imunoterapia busca fortalecer o organismo para que ele combata doenças. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Como funciona a imunoterapia?

A imunoterapia pode ocorrer de diversas maneiras, e cada uma delas funciona ou age de forma diferente no corpo da pessoa. Entretanto, todas as práticas visam ao fortalecimento do sistema imunológico da pessoa.

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Dependendo da doença, o tratamento pode ter o intuito de fortalecer o sistema para combater diretamente a enfermidade com mais intensidade ou fornecer as proteínas necessárias para que o sistema imune seja mais eficaz contra ela.

É importante ressaltar que a terapia também não trata diretamente os sintomas da doença. Em casos de enfermidades sintomáticas, o médico pode indicar um tratamento paralelo com anti-inflamatórios, analgésicos ou corticoides.

Alguns exemplos de imunoterapia existentes são: anticorpos monoclonais; células T adotivas; biespecíficos; bloqueadores de checkpoint.

Os linfócitos T são células responsáveis pela defesa do organismo humano. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Como são usados os anticorpos monoclonais?

É o princípio ativo de remédios criados em laboratório e pensados para combater algum antígeno em específico. O intuito do medicamento é fazer o organismo reconhecer melhor o responsável pela doença e, a partir disso, eliminar o problema.

Os anticorpos monoclonais são bastante utilizados em tratamento de casos oncológicos. Em algumas dessas situações, esses remédios podem conter também substâncias de quimioterapia ou moléculas radioativas para impedir o desenvolvimento de tumores.

Como funcionam as células T adotivas?

Esse procedimento começa com o médico recolhendo algumas das células T responsáveis pelo ataque ao tumor ou à inflamação. Por meio de uma análise laboratorial, o profissional consegue descobrir quais delas estão sendo mais efetivas no combate à enfermidade.

Depois disso, é feita uma modificação nos genes das células, com o intuito de torná-las ainda mais fortes para tentar eliminar o causador da doença.

Como funcionam os biespecíficos?

O tratamento por meio de biespecíficos tem como alvo os linfócitos T e as células tumorais que estão no organismo da pessoa. O intuito desse remédio é aproximar ambos para facilitar uma resposta imunológica efetiva. Essa aproximação pode acontecer por meio de engagers ou de anticorpos biespecíficos.

Bloqueadores de checkpoint

Os bloqueadores de checkpoint, também chamados de inibidores de checkpoint, funcionam em uma parte do organismo humano que age como um ponto de checagem do sistema imune.

Nessa parte, são identificadas as células saudáveis e as danosas para o corpo. Para enganar o sistema imunológico, algumas células nocivas imitam as proteínas das benignas. Assim, o intuito do bloqueador é fazer que o organismo reconheça o intruso e gere uma resposta imune à doença.

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Fonte: Revista Abrale, Tua Saúde, Ministério da Saúde, Oncoguia, A.C.Camargo

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