Opção oferece maior segurança e precisão durante cirurgias, evitando erros humanos
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A cirurgia é uma prática que teve início na Idade Média. Realizada em condições muito precárias, sua principal função era a amputação. Com o avanço da tecnologia, novas técnicas foram incorporadas, e hoje a cirurgia tem papel fundamental e até rotineiro na medicina.
O século 19 foi marcado pelo conhecimento de técnicas e mecanismos de assepsia e anestesia, e com isso o papel do cirurgião foi ganhando destaque. Já na década de 1950, as especializações tiveram grande importância, então, além do cirurgião geral, surgiram os cardíacos, hepáticos, ortopédicos, entre outros.
A área da Medicina sempre esteve na vanguarda da implementação dos avanços tecnológicos. Atualmente, já são realidade a cirurgia feita por vídeo, a utilização de próteses, os transplantes e a cirurgia robótica.
A cirurgia robótica vem sendo feita desde os anos 2000. De acordo com o artigo “Cirurgia robótica — um passo em direção ao futuro”, do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobracil), Carlos Eduardo Domene, as operações realizadas por videolaparoscopia podem ser feitas roboticamente com mais acurácia e segurança. O uso de robôs torna a cirurgia menos invasiva e permite melhor visualização do órgão operado; além disso, a técnica causa menos traumas nos tecidos humanos.
A máquina fornece ao médico uma imagem em três dimensões do local da cirurgia, podendo ser aumentada em até dez vezes. Apesar disso, é importante salientar que nessa modalidade cirúrgica quem controla os movimentos do robô é o médico. Para realizar esse tipo de procedimento, o profissional deve ser habilitado.
Em máquinas mais atuais, existem sistemas de segurança que protegem o paciente em caso de emergências. Ao detectar um movimento inesperado, os braços do robô são travados. Esse comando de segurança também é acionado caso o cirurgião tire o rosto da tela.
A cirurgia robótica oferece algumas vantagens quando comparada à cirurgia convencional, ou cirurgia aberta. A principal delas é a diminuição expressiva do tamanho dos cortes. O uso da tecnologia permite um procedimento menos invasivo, no qual o cirurgião apenas introduz a câmera e os instrumentos por meio de acessos laparoscópicos.
Com incisões menores, o tempo de recuperação do paciente tende a ser menor e a recuperação, mais rápida. Além disso, são menores os riscos de infecção e sangramentos.
Segundo o coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do BP Mirante, Ricardo Zugaib Abdalla, outro benefício é que a cirurgia robótica permite maior facilidade em procedimentos realizados em partes do corpo de difícil acesso. Isso ocorre para locais como diafragma, pelve e saída do esôfago.
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A cirurgia robótica ainda está em seu estágio inicial. E muito se espera dos avanços tecnológicos e da Ciência para a saúde.
Em janeiro de 2022, na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (Estados Unidos), foi realizada a primeira cirurgia totalmente automatizada. O procedimento foi feito em um porco e consistiu na reconexão das extremidades do intestino do animal.
De acordo com Axel Krieger, professor assistente de Engenharia Mecânica da universidade, o procedimento foi realizado em quatro animais e apresentou melhores resultados do que se tivesse sido realizado por humanos.
Apesar dos avanços, o custo para a realização dos procedimentos ainda é uma grande barreira para sua popularização. Cada vez mais empresas têm investido no desenvolvimento de máquinas que, ao chegarem ao mercado, podem impactar em importante redução nos valores.
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Fonte: Medicina SA, CBC, Scielo, RR Médicos, Hospital Sírio-Libanês, Ana HP, Sobracil.