Quando será possível reduzir as medidas de isolamento no Brasil?
17 de abril de 2020
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Antes de flexibilizar a quarentena, autoridades precisam saber quantas pessoas já estão imunes ao novo coronavírus
Áustria, Noruega e Dinamarca são alguns países que já estão criando planos para relaxar as medidas de isolamento social, impostas pela pandemia de covid-19.
O plano das autoridades é flexibilizar a quarentena gradativamente, fazendo com que diferentes setores da sociedade retornem ao trabalho aos poucos, mas ainda mantenham o distanciamento social, a higiene e outras medidas de prevenção ao contágio.
Nesses países, a decisão foi tomada depois que cada um percebeu certo declínio nos números de novos casos e de mortes, assim podendo declarar que a pandemia estava controlada em seu território. Segundo especialistas — epidemiologistas e infectologistas — ouvidos pela Agência Estado, ainda faltam informações para chegar às mesmas conclusões no Brasil.
Ainda não é possível saber qual é a real dimensão do contágio pelo novo coronavírus no Brasil. Embora os números do Ministério da Saúde, divulgados pelo Estadão, no dia 14 de abril estivessem em torno de 25,7 mil casos no País, acredita-se que há uma enorme subnotificação de registros.
Saber exatamente quantas pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus, bem como onde elas estão, é essencial para tomar qualquer decisão referente ao fim do isolamento, segundo os especialistas.
Uma das razões para essa subnotificação é a falta de testes em pacientes com suspeita de covid-19. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, afirmou para o Estadão no dia 13 de abril que havia uma fila de 15,6 mil testes no estado de São Paulo.
No dia seguinte, uma carga com mais de 700 mil testes chegou à região, que é considerada o epicentro do novo coronavírus no país. Uma das expectativas é, justamente, diminuir a subnotificação.
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