Robótica e IA são aliadas na recuperação em casos de covid-19

11 de julho de 2021 4 mins. de leitura
Plataformas de diagnóstico e equipamentos de fisioterapia podem ajudar quem passou por internação

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A tecnologia é uma grande aliada de médicos e pesquisadores no combate à covid-19 e ela tem sido essencial durante várias etapas da pandemia, desde no mapeamento geneticamente o sistema imunológico, a partir de um banco de dados para compreender melhor uma doença, até no desenvolvimento de vacinas eficazes.

Entre tantos avanços, há também processos que reduzem sequelas e melhoram as chances de recuperação de pacientes que foram internados ou que precisam de uma reabilitação mais complexa. E eles estão diretamente relacionados com duas áreas cada vez mais frequentes: a Inteligência Artificial e a Robótica.

Lidando com muitos dados

Um dos projetos que usa a IA no combate à pandemia está em desenvolvimento na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A ideia dos pesquisadores é desenvolver um sistema capaz de identificar a gravidade dos casos de covid-19 atendidos em pronto-socorro a partir do cruzamento de dados e a análise de diversos exames realizados pelo paciente. 

Desse modo, é possível direcionar esforços e tratamentos aos pacientes de acordo com o resultado, priorizando aqueles com capacidade de desenvolver sintomas mais agressivos da doença. O projeto ainda está em fase de testes, mas um experimento com 51 pacientes detectou uma precisão de 81% de predição para casos não graves e até 95%, caso sejam adicionados dados como a saturação de oxigênio.

Prevenção com agilidade

Outra utilização da IA no Brasil para combater a covid-19 está em andamento na Unicamp. A universidade foi escolhida para desenvolver um sistema que pode identificar a presença de mutações e formação de novas cepas do novo coronavírus.

A plataforma pode encontrar essas respostas ao avaliar uma extensa base de dados hospitalares, processando algumas informações, como histórico de pacientes, evolução dos casos, exames de laboratório, prontuários de internação e estatísticas— dados que levariam muito mais tempo para serem lidos, analisados e cruzados caso fossem tratados somente por especialistas humanos.

Até mesmo o Bluetooth e outras tecnologias de localização podem auxiliar a população, incluindo quem não está infectado. Softwares feitos em parcerias com governos e prefeituras registram em mapas as regiões com pessoas infectadas para evitar transmissão e reinfecção.

Na Nova Zelândia, aplicativo de análise de dados avisa se você esteve próximo de alguém diagnosticado.
Na Nova Zelândia, aplicativo de análise de dados avisa se você esteve próximo de alguém diagnosticado. (Fonte: Google Play Store)

Além disso, se alguém que não foi exposto ao vírus estiver próximo de outro que pegou a doença, essa pessoa recebe uma mensagem para eventualmente tomar mais cuidado ao longo dos próximos dias se desenvolver sintomas iniciais.

Tratamento especializado

Entre as sequelas deixadas pela covid-19, muitos pacientes podem precisar de fisioterapia e acompanhamento para recuperar a capacidade de movimentação.

A Santa Casa de Porto Alegre, por exemplo, utiliza um equipamento chamado Mobitronic para acelerar o processo de recuperação de pacientes com problemas neuromusculares, que incluem fraqueza e dificuldades motoras.

O equipamento pode ser usado sem que o paciente saia do quarto.
O equipamento pode ser usado sem que o paciente saia do quarto. (Fonte: Santa Casa de Porto Alegre/Reprodução)

Além de permitir movimentos para os exercícios físicos, o próprio robô realiza avaliações que determinam o melhor tratamento com base em avaliações elétricas dos músculos. O tratamento pode ser realizado até mesmo no leito do hospital, o que acelera e otimiza o processo de recuperação.   

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Fonte: Unifesp, Afpesp, Santa Casa de Misericórdia Porto Alegre.

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