Novas tecnologias podem tornar o ambiente médico-hospitalar mais seguro, mas despertam atenção para invasões de hackers
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A pandemia do novo coronavírus tem criado um alerta dentro da comunidade médica para a necessidade de transformações dentro de seus sistemas operacionais. Dessa forma, a implantação da digitalização dos bancos de dados através da biometria e de outros serviços, como a telemedicina, fazem parte de um pacote de mudanças que devem fazer parte do futuro da profissão.
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A instauração de procedimentos tecnológicos dentro dos procedimentos médico-hospitalares surge como uma tendência na sociedade para diminuir a incidência de casos de fraude, bem como os recursos de tempo e financeiros gastos no cotidiano dos hospitais e das clínicas.
Entretanto, apesar de recursos como a biometria conferirem aos procedimentos médicos uma confiabilidade muito maior às informações, é preciso estar atento quanto à proteção desses dados e a outros perigos que rondam o mundo digital.
Afinal, a nova era fornecida pelas tecnologias atuais é totalmente segura? Entenda quais são os principais benefícios que essas ferramentas podem entregar à área da saúde para os próximos anos e de que forma os novos profissionais devem estar preparados para esse novo universo.
Entre as inúmeras vantagens fornecidas pelo sistema biométrico, encontram-se a possibilidade de tratar um indivíduo de forma singular, facilitar o cadastramento de novas informações e diminuir os riscos de casos de falsidade ideológica.
As pontas dos dedos de um ser humano contêm a informação necessária para distingui-lo do restante da sociedade. Por isso, atualmente, grande parte dos dispositivos tecnológicos têm essa função acoplada em seu sistema operacional.
Outras possibilidades, como o reconhecimento facial, oferecem mais barreiras do que a biometria. Para se ter ideia, tanto o sistema iOS quanto o Android encontram dificuldades em identificar as singularidades de uma pessoa que está utilizando máscara — o que se torna um problema durante a pandemia.
Por outro lado, os dispositivos biométricos são criados para funcionar corretamente mesmo ao se deparar com alguns empecilhos. Nos dias de hoje, a tecnologia batalhou para desenvolver uma biometria hospitalar que aceitasse produtos de limpeza com concentração de 70% de etanol ou isopropanol, facilitando sua higienização e garantindo a prevenção contra vírus e bactérias.
Mesmo em casos onde o paciente apresenta algum nível de deterioração da pele, a ferramenta é projetada para funcionar sem nenhum problema. Isso porque o leitor de digitais não somente escaneia a superfície dos dedos, mas consegue reconhecer as informações das camadas mais interiores da pele.
Hospitais e clínicas podem tornar o preenchimento de formulários em uma tarefa muito mais fácil para os seus pacientes. Com a simples adoção da biometria, as instituições podem digitalizar as informações, acelerar a identificação de um cliente e até mesmo resgatar dados dos servidores de outras empresas.
A troca de informações evita a duplicação de dados e diminui a possibilidade de negligência médica em situações de confusões no diagnóstico de um paciente ou na recomendação inexata de um medicamento.
De acordo com a consultoria americana Tractica, o uso de sistemas biométricos deve gerar uma receita anual de US$ 3,5 bilhões em hospitais e clínicas espalhados pelo mundo todo.
Há quem ainda tenha um pé atrás em relação à digitalização das informações na área da Saúde. Assim como na vida real, a internet também oferece alguns perigos, e a atenção sobre a proteção dos bancos de dados deve ser redobrada para combater o acesso de hackers e outros agentes mal-intencionados.
Vale destacar que, hoje, já existem algumas ferramentas dedicadas ao fornecimento de segurança digital. Os chamados Application Programming Interface (APIs) funcionam como recursos online de autenticação e autorização de acesso às informações, disponibilizando meios rápidos e efetivos no combate às fraudes.
Além disso, desde 2018 existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que responsabiliza as instituições pelo descaso com a proteção de informações de funcionários e clientes, também concedendo meios de rastreamento para o trabalho de entidades reguladoras.
A LGPD aparece como uma das principais medidas facilitadoras para a implantação de bancos de dados digitais e confiáveis. Sendo assim, o Brasil abre espaço, cada vez mais, para a criação de tecnologias facilitadoras e transformadoras da sociedade — o que deve refletir em transformações na Medicina para os próximos anos.
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Fontes: ADP, Hid Global.