Saúde pós-covid: investimentos devem priorizar automação

25 de julho de 2020 4 mins. de leitura
Infraestrutura, novas configurações de atendimento e excelência operacional também devem entrar em foco

A pandemia de coronavírus terá impactos significativos sobre a sociedade, mas ainda não há como dimensioná-los. Na área da Saúde, vimos os sistemas de grandes países entrarem em colapso ou muito próximo disso.

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Especialistas já apontam que novas pandemias podem nos atingir nos próximos anos, e a área de Saúde precisa estar preparada para enfrentar não só as novas doenças como também as sequelas deixadas pela covid-19.

Para enfrentar essa nova realidade na área da Saúde, investimentos e estratégias novos terão de ser aplicados. A normalização da telemedicina, por exemplo, já é uma realidade e possivelmente continuará sendo praticada mesmo após o fim da pandemia.

Automação na área da saúde

A tendência de automação dos serviços de saúde já é uma realidade nos Estados Unidos e deverá chegar a outros países em breve.

A automação dos serviços de saúde é uma tendência que já está sendo colocada em prática em outros países. Nos Estados Unidos, há um número crescente de aplicativos e startups surgindo, voltados para a área de triagem, diagnóstico e gestão.

A gigante Microsoft, por exemplo, anunciou recentemente a criação de sua primeira vertical em serviços de nuvem, a Azure for Health, uma plataforma com o objetivo de conectar sistemas, melhorar a logística e reduzir os gastos americanos no setor.

Tendências mundiais

Provedores de saúde terão de investir em infraestrutura, tecnologia e novas configurações de atendimento, como o home care.(Fonte: Shutterstock)

Um estudo publicado pela empresa de consultoria empresarial McKinsey identifica três grandes mudanças na cadeia de valor da prestação de serviços de saúde.

1. Novos paradigmas para infraestrutura, distribuição geográfica, provedores e configurações de atendimento

O artigo destaca que será necessário mais agilidade na construção de hospitais, a criação de instalações especializadas no cuidado de pacientes com doenças eletivas separadas do ambiente hospitalar tradicional, home care para pacientes que não estão em estado grave, e a realização mais rotineira de consultas e outros serviços médicos de maneira virtual.

2. Excelência operacional

Segundo o estudo, o desempenho financeiro dos prestadores de saúde nos próximos anos será impactado por vários fatores, incluindo o desempenho macroeconômico e a recuperação dos países. Vários hospitais no Brasil, por exemplo, já estão sentindo os efeitos econômicos do cancelamento de cirurgias eletivas causados pela pandemia.

Apesar dos problemas, cadeias de valor mais sofisticadas podem surgir, exigindo investimentos maiores em instalações especializadas, equipamentos e mão de obra.

3. Novas oportunidades de crescimento e diversificação

Governos de países como a Austrália já estão explorando parcerias inovadoras com o setor privado para gerenciar a crise. Essas parcerias podem continuar no futuro e podem assumir várias formas.

Os provedores de saúde também podem encontrar novas oportunidades na expansão de seus negócios, como o licenciamento de seus serviços, a telemedicina especializada e os serviços de saúde em casa.

Condições

Entretanto, para que essas mudanças possam de fato acontecer, os avanços tecnológicos precisam ser acelerados para assegurar a eficiência de novas práticas, como diagnósticos realizados via Inteligência Artificial (IA) e o armazenamento de registros e dados médicos na nuvem.

O estudo da McKinsey também destaca a necessidade de modelos de reembolso mais flexíveis para garantir o pagamento de serviços, mudanças na regulamentação de alguns países, para que permitam a adoção de novos procedimentos, bem como o apoio de profissionais e pacientes, que poderão se mostrar resistentes a tantas mudanças.

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Fonte: McKinsey & Company.

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