Descoberta feita em laboratório por pesquisadores da Universidade de Tóquio pode inovar a reprodução
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De acordo com o estudo Functional primordial germ cell–like cells from pluripotent stem cells in rats, publicado na revista Science, em abril de 2022, constatou-se um avanço na busca por novas formas de tecnologia reprodutiva — que, potencialmente, poderão ser aplicadas a seres humanos.
A pesquisa foi conduzida na Universidade de Tóquio e permitiu, por meio de células-tronco embrionárias, a geração de células germinativas (antecessoras aos óvulos e espermatozoides) em ratos de laboratório.
Essa técnica das células-tronco havia sido aproveitada em um estudo anterior para a reprodução artificial de camundongos. A ideia de utilizar essa prática com ratos é pelo fato de que esses roedores têm mais semelhanças fisiológicas com os seres humanos.
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Para criar espermatozoides, os pesquisadores removeram células-tronco do embrião de ratos e as cultivaram em laboratório, com o intuito de produzir células germinativas. A partir dessas células, eles produziram os gametas, isso acontece por meio da injeção das células-tronco nos testículos dos roedores, que completam a produção dos espermatozoides.
Após o esperma ser produzido, ele é removido e passa por uma fertilização in vitro em óvulos externos que, ao se transformarem em embriões, são colocados nas fêmeas. O resultado do experimento foi positivo e rendeu filhotes de ratos saudáveis.
A escolha de fazer a produção de esperma artificial de ratos tinha o intuito de aproximar uma tentativa futura de criar espermatozoides humanos. O próximo passo é testar a mesma técnica de criação de esperma em outros mamíferos.
Caso consigam resultados positivos para a criação de sêmen funcional em outros da classe, os cientistas devem passar a considerar ainda mais a tentativa de utilizar o método das células-tronco em seres humanos.
Em 2011, o estudo Explante de tecido testicular cura a falha espermatogênica em camundongos mutantes do ligante c-Kit, produzido por pesquisadores do departamento de Urologia da Universidade Nacional de Yokohama (Japão), mostrou os resultados positivos para a produção de espermatozoides em laboratório.
A pesquisa, liderada por Takehiko Ogawa e publicada no periódico online PNAS, produziu artificialmente o sêmen de camundongos. Além disso, eles utilizaram outro método de criação.
Por meio de biópsia, eles removeram pequenos pedaços de tecido dos testículos dos camundongos e, a partir deles, fizeram um cultivo com um tipo de material que permitiu a sobrevivência das células e a criação de mais espermatozoides. O resultado, assim como o da Universidade de Tóquio, foi uma fecundação de sucesso com óvulos.
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Fonte: The Scientist, IG, Science, PNAS