No último século, inovações permitiram que humanos vivessem mais tempo e melhor graças a avanços no diagnóstico e tratamento de doenças.
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Nos anos 1940, os brasileiros viviam, em média, até os 45,5 anos. Em 2019, menos de 80 anos depois, uma expectativa de vida da população nacional cresceu 30,5 anos: é provável que cada um de nós viva até os 76 anos. Globalmente, os números seguem a mesma direção: em apenas 15 anos, com expectativa de vida abaixo de 5 anos, entre 2000 e 2015.
Aliados a esses números estão mostrando dados sobre mortalidade infantil e redução de doenças como Aids, que consideram os índices nos países do continente africano, por exemplo. Esse crescimento é um resultado direto das campanhas de conscientização e aumento da atenção à saúde, mas também pode ser creditado à evolução das técnicas para tratamento de patologias que, até muito pouco tempo atrás, eram usadas incuráveis.
A própria Aids é um exemplo. Nas décadas de 1970 e 1980, uma epidemia parecia ser um grande e insolúvel problema – e realmente era. Até o desenvolvimento de medicamentos que aumentou como chances de supressão viral garantiram muito mais qualidade de vida e saúde aos portadores de vírus HIV.
No ano passado, quando ficou marcado o aniversário de 30 anos da luta contra a Aids no Brasil, o País viu taxas de mortalidade em decorrência da doença cair de 5,7 para 4,8 óbitos por 100 mil habitantes em apenas quatro anos. Em 1995, esse número chegou a 18,7 por 100 mil.
Não foi apenas na abordagem das epidemias que o mundo evoluiu nas últimas décadas. Graças à tecnologia, doenças que afetam diferentes idades e condições também têm atenção.
É o caso de diversas condições oftalmológicas, como miopia, hipermetropia e presbiopia, a popular vista cansada, e até mesmo catarata. As duas últimas, especialmente, são condições quase inevitáveis. A presbiopia afeta todos os indivíduos por volta dos 40 anos de idade, enquanto a catarata é frequente aos 50 ou 60 anos.
Embora o prejuízo à visão decorrente das duas patologias continue implacável, ambas agora têm tratamentos a laser que possibilitam restabelecer a qualidade de vida dos pacientes, garantindo uma visão renovada. Imagine entrar em uma sala de cirurgia sem enxergar direito e, em apenas alguns minutos, voltar a ver tudo nitidamente? É a inovação operando milagres.
Soluções similares são aplicadas também em outras áreas, acelerando ou mesmo tornando possíveis diagnósticos mais precisos e procedimentos inalcançáveis para os olhos ou as mãos humanas. Isso sem falar da genética, que vem permitindo compreender melhor a origem de tantas desordens, síndromes e transtornos como o autismo.
Nessa área, estudos em genética possibilitaram identificar em quais genes estão as possíveis deformações que levam ao desenvolvimento dos sintomas do espectro autista, enquanto outros, relacionados ao comportamento, avançaram o diagnóstico para menos de 1 ano de idade.
Se os avanços graças ao sequenciamento do DNA e às inúmeras possibilidades proporcionadas pela tecnologia já pareciam ter elevado o patamar da saúde, o que esperar quando a inteligência artificial e o aprendizado de máquina entram em cena?
A chegada dessas inovações à área da saúde já está garantindo que operações transmitidas via internet melhorem não só a qualidade do ensino da Medicina mas também aprofundem as experiências dos profissionais da área.
Avanços como telemedicina, monitoramento remoto e adoção de prontuário eletrônico aceleram o atendimento e diminuem as chances de erro no tratamento médico, enquanto a Internet das Coisas aproxima a inovação da rotina das pessoas.
Não são poucos os casos de pacientes que recorrem a ajuda especializada depois de seus dispositivos eletrônicos, como smartwatches, identificados problemas cardíacos ou falhas renais. A tecnologia voltada à saúde evoluiu tanto que até o seu relógio pode ajudar a salvar sua vida.
Fontes: Aids Brasil, ONU, EBC.