Vacina x coágulos sanguíneos: AstraZeneca descarta relação

10 de abril de 2021 3 mins. de leitura
Pesquisa realizada com mais de 17 milhões de pessoas no Reino Unido e na União Europeia não encontrou evidências a respeito da vacina

Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.

A AstraZeneca, empresa global biofarmacêutica, afirmou que em sua análise realizada com pessoas vacinadas contra a covid-19 não foram encontradas evidências de risco aumentado em relação à reação de coágulos sanguíneos, de acordo com a Reuters

Vários países acabaram suspendendo o uso da vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca, após surgirem casos isolados de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que recebem a dose do imunizante. Além disso, também apareceram casos de baixa contagem de plaquetas e hemorragia em alguns pacientes. 

A análise foi realizada com mais de 17 milhões de pessoas que receberam a dose da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca no Reino Unido e na União Europeia.

Em nota à imprensa, a empresa informou: “Uma revisão cuidadosa de todos os dados de segurança disponíveis de mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e no Reino Unido com a vacina da AstraZeneca não mostrou nenhuma evidência de aumento do risco de embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou trombocitopenia em qualquer grupo de idade definida, gênero, lote ou país em particular”, segundo informações da Reuters.

A análise da relação dos coágulos com a vacina foi realizada com mais de 17 milhões de pessoas que receberam a dose do imunizante contra a covid-19 da AstraZeneca. (Fonte: Shutterstock)
A análise da relação dos coágulos com a vacina foi realizada com mais de 17 milhões de pessoas que receberam a dose do imunizante contra a covid-19 da AstraZeneca. (Fonte: Shutterstock)

Mesmo após o anúncio da pesquisa, teve quem ficou com receio do imunizante. Por exemplo, o governo da região de Piemonte, na Itália, que anunciou a suspensão de forma temporária da aplicação de vacina da AstraZeneca em parceria com Oxford contra o coronavírus, devido à morte de um professor que havia-se vacinado recentemente. 

Outras partes da Europa ainda seguem com cautela, preferindo aguardar o resultado entre a análise do lote de vacina utilizado e a relação do óbito. Dinamarca, Noruega e Islândia foram locais que decidiram suspender o uso do imunizante, mesmo com a análise e os resultados apresentados, devido a uma morte por distúrbio de coagulação em um paciente.

A vacina da AstraZeneca no Brasil

O uso da vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca continua em vigor no Brasil após reuniões entre autoridades. (Fonte: Shutterstock)
O uso da vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca continua em vigor no Brasil após reuniões entre autoridades. (Fonte: Shutterstock)

Em relação ao Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que os dados não apontam alterações no equilíbrio entre o benefício-risco da vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca. Por isso, recomenda que os profissionais da saúde deem continuidade a aplicação do imunizante na população.

De acordo com o Ministério da Saúde, a conclusão em relação à vacina foi reforçada após uma reunião entre a Anvisa junto à Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, com a presença de autoridades regulatórias de vários países.

Não perca nenhuma novidade sobre a área da saúde no Brasil e no mundo. Inscreva-se em nossa newsletter.

Fonte: Reuters, European Medicines Agency, Ministério da Saúde.

89590cookie-checkVacina x coágulos sanguíneos: AstraZeneca descarta relação