Viagra prolonga a vida de homens com problemas cardíacos?

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De acordo com o Ministério da Saúde, o infarto agudo do miocárdio é a principal causa de morte no Brasil. O órgão público estima entre 300 mil e 400 mil casos de infartos por ano, como também a média de um óbito por esse problema no coração a cada cinco casos ou sete casos ocorridos.

Para evitar a morte por infarto, é crucial levar o paciente diretamente para a emergência de algum hospital, pois é um momento em que cada minuto pode ser determinante para salvar a vida da pessoa. E após a situação? Como prevenir a reincidência e prolongar a vida?

Estudos de diferentes universidades da Europa e da América apresentaram que remédios usados para combater a impotência sexual, como o Viagra (citrato de sildenafila), podem prolongar a vida de homens com doença arterial coronariana e vítimas de infarto do miocárdio. Dessa maneira, o medicamento serviria como uma solução cardioprotetora para os usuários.

Viagra e a doença cardíaca

Viagra, Cialis e Levitra são inibidores da fosfodiesterase 5 (PDE5), sendo remédios recomendados para combater a impotência sexual — muito utilizados nos anos 1990 — e popularmente conhecidos por provocar ereção em homens.

Entretanto, podem também ser a solução para outros problemas no organismo ao serem usados a longo prazo. Pesquisadores da Sapienza Università di Roma (Itália) apresentaram, em 2014, uma funcionalidade cardioprotetora para as pílulas contra a impotência sexual.

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Em 2018, pesquisadores da Universidade de São Francisco (Bragança Paulista) testaram o Cialis em ratos e perceberam que o remédio melhorava as disfunções cardiovasculares, bem como a bexiga hiperativa nos roedores.

No ano seguinte, novos resultados mostraram capacidade de reversão da insuficiência cardíaca em ovelhas, de acordo com estudos feitos por cientistas da Universidade de Manchester (Reino Unido).

Estudos do Instituto Karolinska

Em 2021, o Instituto Karolinska (Suécia) fez uma análise utilizando amostragem de 16 mil homens que receberam prescrição do inibidor de PDE5 pelo menos uma vez na vida. O estudo aproveitou a base de dados do Swedish Patient Register e do Swedish Prescribed Drug Register entre 1997 e 2013.

Os resultados foram publicados no Journal of the American College of Cardiology e mostraram que os inibidores da PDE5 podem prolongar a vida de homens com doença arterial coronariana. Isso porque revelaram uma associação entre o uso dos medicamentos e o baixo risco de morte, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e revascularização nos casos de homens com doença arterial coronariana estável.

Com as descobertas oriundas dos mais diferentes estudos e pesquisas, levanta-se a possibilidade de o inibidor de PDE5 ser utilizado com enfoque em tratamentos cardioprotetores.

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Fonte: Forbes, Clinica Homini, Ministério da Saúde, BMC Medicine, FASEB, Fierce Biotech