Telemedicina: o que é e como o Brasil usa esse modelo?

3 de dezembro de 2019 3 mins. de leitura
segundo dados do Conselho Federal de Medicina, 91 mil usuários já podem se beneficiar da prática no País

A telemedicina é uma tendência que alia o uso das tecnologias presentes no cotidiano de modo a oferecer diversos benefícios em consultórios médicos de todo o País. Esse recurso representa uma evolução do eHealth, capaz de diminuir as barreiras físicas por meio de dispositivos móveis que permitem o acesso a diagnósticos e prontuários. Além disso, promove a realização de consultas e cirurgias de forma remota.

No Brasil, esse feito é recente; o Conselho Federal de Medicina (CFM) validou o uso da técnica em fevereiro de 2019. A oficialização vem em tempo para liberar uma prática que é cada vez mais recorrente, sendo que, com a nova resolução, 91 mil pessoas no País já podem se beneficiar desse modelo.

(Fonte: Shutterstock)

O futuro da telemedicina

A telemedicina representa uma nova e importante ferramenta para a diminuição das filas de espera e até mesmo o acompanhamento de patologias que geram uma acentuada dificuldade no deslocamento de pacientes. É importante ressaltar que essa prática não tem — de maneira alguma — o intuito de substituir o trabalho dos médicos pela tecnologia. Segundo o próprio Conselho Federal de Medicina (CFM), é necessário encarar a telemedicina como mais uma ferramenta de trabalho, com a função básica de facilitar os diagnósticos, que passam a ser feitos de forma eficiente e assertiva.

Entre os diversos recursos ou formas de atuação da telemedicina, podemos destacar a teleducação, que auxilia na formação e visualização de procedimentos práticos para estudantes da área, consultas online ou suporte oferecido por profissionais experientes na realização de cirurgias. Além do monitoramento de doenças que, rotineiramente, necessitam apenas da análise de exames ou da expedição de receitas de medicamentos.

(Fonte: Shutterstock)‌‌

Algumas regras são essenciais para que esse modelo possa ser aplicado. É necessário, por exemplo, que haja uma estrutura adequada para garantir a correta análise e transmissão das informações. A rede hospitalar precisa garantir a segurança no armazenamento dos dados, disponibilizar um profissional devidamente habilitado para a função e, é claro, receber o consentimento do paciente.

No Brasil, o projeto está em funcionamento no Rio Grande do Sul desde 2007. De lá para cá, ao menos 50% dos casos entre os 240 mil atendimentos realizados nesse formato puderam ser solucionados sem o contato presencial. Isso representa um importante ganho de tempo e uma redução de custos de todos os lados, sendo considerada uma tendência sustentável e prática para desafogar a lista de desafios do sistema de saúde no Brasil.

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Fontes: Portal Telemedicina, Abramge, Chiron Health.

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