Dilatação dos vasos sanguíneos pode se desenvolver de forma lenta e silenciosa, exigindo cuidados especiais
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O aneurisma cerebral é uma doença muito comum no Brasil. Em âmbito mundial, ela atinge entre dez e 15 pessoas em cada grupo de 100 mil habitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por se desenvolver muitas vezes de forma silenciosa, seu diagnóstico é mais difícil.
A doença divide-se entre duas classificações: o aneurisma que se rompe e aquele que não rompe. Estima-se que entre 2% e 5% da população geral é afetada por aneurismas que não se rompem. A taxa de mortalidade da doença varia de acordo com o país.
O Hospital Israelita Albert Einstein estima que o Brasil tenha índices semelhantes aos dos Estados Unidos. Dessa forma, pode-se esperar uma taxa de mortalidade de 37% dos enfermos.
A doença é causada pela dilatação da parede dos vasos sanguíneos que levam o sangue até o cérebro. Por conta do movimento as paredes dessas artérias se tornam mais finas, o que aumenta os riscos de rompimento. Além do cérebro, as artérias aortas, que levam o sangue para fora do coração, também são conhecidas por sofrer aneurismas.
Caso aconteça um rompimento da parede do vaso sanguíneo — consequentemente um rompimento do aneurisma cerebral — ocorre um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico. A gravidade do rompimento depende de alguns fatores, como o tamanho do sangramento na região.
Os sintomas tendem a ser bastante discretos no começo, aparecendo apenas quando acontece o rompimento da parede do vaso sanguíneo. Entretanto, algumas pessoas relataram os seguintes sinais que os levaram a descobrir a doença:
Ainda assim, normalmente, a presença do aneurisma só é percebida quando acontece o rompimento ou vazamento de sangue da artéria. Nesses casos, o sangue se espalha pelas membranas que cobrem o cérebro. Os principais sintomas são:
É difícil apresentar as exatas razões para o desenvolvimento do aneurisma cerebral. Entretanto, estima-se que o histórico familiar influencie na predisposição genética do paciente, com 15% dos casos sendo consequência de histórico familiar. Em algumas situações, a pessoa pode nascer com a doença.
Acredita-se também que os seguintes fatores aumentam as chances de desenvolver o aneurisma:
O que vai definir o tratamento da doença é o rompimento ou o não rompimento da artéria. Em casos sem rompimento, é normal que seja feita uma avaliação do tamanho do vaso sanguíneo e um acompanhamento da dilatação para garantir que não esteja aumentando de tamanho.
Caso o paciente esteja com algum sintoma, podem ser receitados remédios para diminuí-los, mas eles não previnem o rompimento ou curam a doença. Se a situação do aneurisma for muito séria, o médico pode optar por fazer uma cirurgia endovascular para colocar um stent, que serve para prevenir o rompimento. Entretanto, o procedimento é muito delicado, existindo um grande risco de romper o vaso sanguíneo durante a cirurgia.
Nos casos de aneurisma rompido, o único tratamento possível é a cirurgia, considerada de urgência. É necessário fechar o vaso sanguíneo o quanto antes, para evitar que a hemorragia se espalhe e evitar ao máximo as sequelas.
Segundo o médico Drauzio Varella, em seu blog, a doença é grave e apenas 2/3 dos pacientes sobrevivem, sendo que metade deles acaba apresentando sequelas após o tratamento.
Fonte: Tua Saúde, HCor, UOL – Drauzio Varella, Tua Saúde.