O hábito de lavar ou passar álcool nas compras pode não ser efetivo contra a covid-19, mas tem suas vantagens para a saúde
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A chegada da pandemia de covid-19 causou uma série de transformações nos costumes das pessoas ao redor do mundo. Além do uso da máscara, do distanciamento social e da limpeza das mãos, mais um hábito se tornou um ritual: higienizar as compras e embalagens.
A falta de informações sobre o covid-19 pode ter feito os cientistas recomendarem que se pecasse pelo excesso. Estudos demonstram que a chance de pegar o vírus por contato com superfícies é bem menor do que se imaginava. Um dos primeiros fatos observados sobre o coronavírus foi que ele podia sobreviver por muitos dias em diferentes superfícies como roupas, vidros, balcões, maçanetas etc.
Por isso, a recomendação era a limpeza constante dos ambientes com circulação de pessoas. Agora, baseado em novas evidências do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, novas diretrizes afirmam que a chance de contaminação nessa modalidade é de uma para 10 mil.
Isso não significa que ela é inexistente, mas sabe-se que para que haja transmissão a carga viral em determinada superfície tem que ser grande, o que não é tão comum, então tem de haver o contato com a mão e depois da mão com o rosto, e a transferência do vírus não é tão automática como se pensava. Assim, higienizar a mão depois do contato com as compras e evitar levá-las ao rosto já é suficiente para se proteger.
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Além disso, novos estudos sugerem que muito do que se achava que era o vírus nas superfícies podem ser apenas sua “carcaça”, ou seja, um vírus inativado que não irá gerar sintomas.
A diretora do CDC, Rochelle Walensky, afirmou que um dos problemas do combate a pandemia foi a falta de informações que fez com que muitos países adotassem protocolos de segurança pouco eficientes.
Atualmente, sabe-se que o maior meio de transmissão de covid-19 são os aerossóis, pelo ar, mesmo assim governos e empresas investem na desinfecção de superfícies e por vezes negligenciam o uso de máscaras e o controle do distanciamento social.
Apesar de as evidências que apontam que lavar as compras pode ser um exagero, o hábito adquirido por boa parte da população pode oferecer benefícios. Especialistas afirmam que a lavagem apenas com água corrente de frutas e verduras não cozidas pode não ser suficiente para tirar os microrganismos e substâncias como agrotóxicos e pesticidas que podem estar presentes. Para uma lavagem efetiva pode-se seguir este roteiro:
Fonte: GZH, Tua Saúde, Consul, Olhar Digital.