Popularmente, os sonhos são envoltos de misticismo, mas qual é o real significado deles “aos olhos” da Ciência?
Publicidade
Conheça o maior e mais importante evento do setor de saúde do Brasil.
Independentemente de ser um sonho ou um pesadelo, é frequente a busca por explicações para interpretá-los, pois esse universo ainda é bastante associado a misticismos ou crenças populares. Para desvendar o significado das noites de sono, confira os principais dados a respeito do tema.
Sonhar é um processo comumente ligado ao estado de sono profundo ou sono com movimento rápido dos olhos (REM). Mas, de acordo com os pesquisadores Yuval Nir e Giulio Tononi, da Universidade de Wisconsin, os sonhos podem ocorrer em todas as etapas do sono, inclusive durante o sono em movimento rápido dos olhos (NREM). Portanto, é possível que uma pessoa tenha mais de um sonho por noite.
O jornal The Washington Post conversou com diferentes pesquisadores sobre o fenômeno, entre eles David Neubauer, da Universidade Johns Hopkins. Ele destaca que, como o sono REM também é associado à consolidação da memória humana, sonhar pode ser um meio das pessoas esquecerem ou reforçarem certas memórias a fim de abrir espaço para criar memórias melhores. Então, isso significa que sonhar reflete esperanças, medos, preocupações sociais e emocionais dos indivíduos.
Leia também:
Diferentes momentos e sentimentos podem despertar no indivíduo a capacidade de sonhar situações desagradáveis, os conhecidos pesadelos. Entre eles, destacam-se:
Em 1977, J. Allan Hobson e Robert McCarley, de Harvard, propuseram a teoria da ativação-síntese, em que classificaram os sonhos como uma consequência fisiológica natural do cérebro.
Já a neurocientista Rosalind Cartwright, por exemplo, desenvolveu uma pesquisa que conecta as emoções dos indivíduos ao processo de sonhar. Em seu livro de 2010, The Twenty-four Hour Mind, ela diz que “os sonhos são projetados para nos ajudar a manter nossa autoidentidade, nosso senso de quem somos”.
Deirdre Barrett e G. William Domhoff, pesquisadores associados à Universidade da Califórnia, também fazem essa associação. Porém, Barrett ressalta que nem todos os sonhos significam algo, sendo comumente triviais, enquanto Domhoff afirma que sonhar não é um processo simbólico.
Cientistas têm diferentes abordagens, mas é possível abordar algumas questões, como:
Uma vez que sonhar está associado a questões individuais a recorrência de um sonho pode ser sinal de alguma inquietação que está na mente do indivíduo.
Acordar assustado após sentir que está caindo ou se ver assim durante um sonho é um relato comum que pode ser resultado de sinais de movimento ativados conforme o corpo vai saindo do estado de sono profundo para despertar.
Também é aleatório, mas pode ser mais comum em pessoas com narcolepsia, distúrbio em que um indivíduo apresenta sonolência excessiva e episódios repentinos de sono durante o dia, sendo necessário consultar um médico para melhor investigar o quadro.
Quer saber mais? Assista aqui a opinião dos nossos parceiros especialistas em Saúde.
Fonte: The Washington Post, Trends in Cognitive Sciences, The New York Times, VeryWell Mind