Mito ou verdade: os sonhos têm significado? - Summit Saúde

Mito ou verdade: os sonhos têm significado?

1 de julho de 2022 4 mins. de leitura

Popularmente, os sonhos são envoltos de misticismo, mas qual é o real significado deles “aos olhos” da Ciência?

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Independentemente de ser um sonho ou um pesadelo, é frequente a busca por explicações para interpretá-los, pois esse universo ainda é bastante associado a misticismos ou crenças populares. Para desvendar o significado das noites de sono, confira os principais dados a respeito do tema.

Como acontecem os sonhos?

Sonhar é um processo comumente ligado ao estado de sono profundo ou sono com movimento rápido dos olhos (REM). Mas, de acordo com os pesquisadores Yuval Nir e Giulio Tononi, da Universidade de Wisconsin, os sonhos podem ocorrer em todas as etapas do sono, inclusive durante o sono em movimento rápido dos olhos (NREM). Portanto, é possível que uma pessoa tenha mais de um sonho por noite.

O jornal The Washington Post conversou com diferentes pesquisadores sobre o fenômeno, entre eles David Neubauer, da Universidade Johns Hopkins. Ele destaca que, como o sono REM também é associado à consolidação da memória humana, sonhar pode ser um meio das pessoas esquecerem ou reforçarem certas memórias a fim de abrir espaço para criar memórias melhores. Então, isso significa que sonhar reflete esperanças, medos, preocupações sociais e emocionais dos indivíduos.

Estudos relatam que animais também têm a capacidade de sonhar e suas fases do sono são semelhantes às do sono humano. (Fonte: Kate Stone Matheson/Unsplash/Reprodução)

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Pesadelos podem ser ativados por gatilhos

Diferentes momentos e sentimentos podem despertar no indivíduo a capacidade de sonhar situações desagradáveis, os conhecidos pesadelos. Entre eles, destacam-se:

  • ansiedade;
  • insônia constante;
  • pensamentos negativos;
  • estresse pós-traumático;
  • exposição a filmes ou imagens violentas antes de dormir.

Os sonhos têm algum significado?

Em 1977, J. Allan Hobson e Robert McCarley, de Harvard, propuseram a teoria da ativação-síntese, em que classificaram os sonhos como uma consequência fisiológica natural do cérebro.

Já a neurocientista Rosalind Cartwright, por exemplo, desenvolveu uma pesquisa que conecta as emoções dos indivíduos ao processo de sonhar. Em seu livro de 2010, The Twenty-four Hour Mind, ela diz que “os sonhos são projetados para nos ajudar a manter nossa autoidentidade, nosso senso de quem somos”.

Deirdre Barrett e G. William Domhoff, pesquisadores associados à Universidade da Califórnia, também fazem essa associação. Porém, Barrett ressalta que nem todos os sonhos significam algo, sendo comumente triviais, enquanto Domhoff afirma que sonhar não é um processo simbólico.

O que diz a Ciência sobre o significado dos sonhos?

Especialistas apontam que é possível lembrar do que sonhou quanto mais precocemente as pessoas despertam. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Cientistas têm diferentes abordagens, mas é possível abordar algumas questões, como:

  1. por que pessoas podem sonhar coisas repetidas?
  2. o que provoca a sensação de sentir que está caindo ao sonhar?
  3. qual é a explicação para o corpo de algumas pessoas ficar paralisado logo após acordar?

Ter o mesmo sonho de forma recorrente

Uma vez que sonhar está associado a questões individuais a recorrência de um sonho pode ser sinal de alguma inquietação que está na mente do indivíduo.

Sensação de estar caindo ao sonhar

Acordar assustado após sentir que está caindo ou se ver assim durante um sonho é um relato comum que pode ser resultado de sinais de movimento ativados conforme o corpo vai saindo do estado de sono profundo para despertar.

Corpo paralisado após acordar de sonhos

Também é aleatório, mas pode ser mais comum em pessoas com narcolepsia, distúrbio em que um indivíduo apresenta sonolência excessiva e episódios repentinos de sono durante o dia, sendo necessário consultar um médico para melhor investigar o quadro.

Quer saber mais? Assista aqui a opinião dos nossos parceiros especialistas em Saúde.

Fonte: The Washington Post, Trends in Cognitive Sciences, The New York Times, VeryWell Mind

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