Transmitidas pelo Aedes aegypti, dengue e chikungunya têm sintomas similares
Publicidade
O alto número de casos e mortes por dengue e chikungunya no Brasil preocupa especialistas. Em 2022 foram confirmadas quase mil mortes por dengue, em recorde anual brasileiro, junto de mais de 1,4 milhão de casos prováveis.
No mesmo ano, a chikungunya afetou mais de 170 mil pessoas, em aumento de mais de 78% em relação a 2021. Foram confirmados 93 óbitos pela doença, 39 deles no Estado do Ceará.
As doenças são transmitidas pela fêmea do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus, por isso combatê-los é a principal forma de prevenção de dengue e chikungunya, eliminando os criadouros.
Para isso, é essencial nunca deixar água parada, limpa ou suja, prestando atenção em recipientes como pneus, vasos de plantas, garrafas plásticas e piscinas sem uso ou em manutenção. Além de retirar a água, é necessário fazer a limpeza do recipiente com bucha e sabão, visto que os ovos do mosquito, invisíveis a olho nu, podem sobreviver por mais de um ano sem água.
Devido à maior letalidade, a dengue é considerada mais grave do que a chikungunya. Casos mais sérios e com complicações potencialmente fatais são um risco maior para pessoas com mais de 60 anos, com doenças crônicas como hipertensão e diabetes, e grávidas.
Em geral, os sintomas de dengue e chikungunya são semelhantes, como febre acima de 38°C, dor de cabeça, dores e manchas vermelhas no corpo. Porém, há algumas diferenças. A dor nas articulações é mais acentuada na chikungunya e acompanhada de inchaço, condições que podem até mesmo ser incapacitantes, impedindo movimentos e desempenho de atividades.
Sim. É possível até mesmo que a picada de um único mosquito transmita as duas doenças.
Leia também:
Inicialmente, a fase febril ou aguda dura de 5 dias a 14 dias, com febre repentina e forte dor e inchaço nas articulações. Depois, pode existir uma fase pós-aguda ou subaguda que dura até 3 meses, com ausência de febre, mas persistência ou até piora do comprometimento das articulações.
No caso de a doença permanecer mais de 3 meses, ela é considerada crônica. Mais da metade dos pacientes acaba atingindo essa fase, especialmente aqueles com mais 45 anos, com questões articulares prévias ou lesões mais intensas no início da doença.
Os principais sintomas de chikungunya são dor e inchaço nas articulações de pés, mãos, tornozelos e punhos. Além disso, há ocorrência de febre alta, dor no corpo e de cabeça, manchas vermelhas na pele, náusea, vômito e calafrios.
Fonte: Governo do Estado da Bahia, Governo do Estado do Espírito Santo, Ministério da Saúde, Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde – Febre de chikungunya: manejo clínico, Prefeitura de Santos (SP)