Conjuntivite: conheça os sintomas, tipos e tratamentos

12 de novembro de 2022 5 mins. de leitura
Doença que afeta os olhos é muito comum em crianças, e pode estar associada a diversos fatores

Acordar com os olhos “grudados” depois de uma noite de sono é um dos sintomas da conjuntivite, uma doença muito comum principalmente nas crianças.

A conjuntivite se caracteriza pela inflamação da membrana que reveste o globo ocular e a parte interna da pálpebra, conhecida como conjuntiva. Essa inflamação pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias e vírus, ou mesmo por uma reação alérgica a alguma substância específica. Ela costuma não ser muito grave, mas pode causar problemas se não for tratada adequadamente, por isso, é importante estar atento aos sintomas e tratamentos de cada tipo de infecção.

Os tipos de conjuntivite

É importante conhecer os tipos de conjuntivite para buscar o melhor tratamento. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

1. Conjuntivite viral

Como o nome sugere, a inflamação é causada pela ação de um vírus, sendo em quase 90% dos casos um adenovírus. Geralmente, esse tipo de conjuntivite causa sintomas leves como uma secreção esbranquiçada nos olhos, febre e dor de garganta. Em quadros mais graves, pode causar sensibilidade à exposição de luz e visão embaçada.

Não existem medicamentos específicos para o tratamento do tipo viral, nesse caso, a melhor ação é evitar a proliferação do vírus. Lave bem as mãos depois do contato com os olhos e secreções nasais, evite compartilhar travesseiros, toalhas e outros objetos pessoais e use medicações prescritas pelo médico para aliviar os sintomas. Somente em casos graves é recomendado o uso de colírios de corticosteroides, principalmente no caso de visão embaçada. Os sintomas da conjuntivite viral levam de 7 dias a 15 dias para desaparecerem completamente.

2. Conjuntivite bacteriana

A inflamação na conjuntiva causada por bactérias tem algumas características diferentes da forma viral, entre elas secreções mais volumosas, cheias de pus e amareladas, e, em sua forma mais grave, pode causar lesões profundas.

O tratamento deve ser feito através de colírios e antibióticos, devidamente receitados por um médico. Também se recomenda a lavagem das pálpebras e compressas com pano úmido e morno para remover as secreções secas. Os sintomas costumam durar de 5 dias a 7 dias após início do tratamento.

3. Conjuntivite alérgica

É causada pela ação infecciosa de uma substância específica, como fumaça, pólen e cloro de piscina, por exemplo, e diferentemente das formas virais e bacterianas, não é contagiosa. Algumas pessoas possuem maior sensibilidade e podem desenvolver a doença com maior frequência, os sintomas comuns são: vermelhidão nos olhos, coceira e sensibilidade à luz.

Em casos graves de contato com produtos químicos, o paciente pode desenvolver uma conjuntivite tóxica; esse é o tipo mais perigoso e pode levar até a perda da visão. É causada pelo contato com inseticidas, produtos de limpeza e até mesmo pelo shampoo.

4. Conjuntivite neonatal

Esse tipo de conjuntivite acontece nas primeiras quatro semanas após o parto, afetando o recém-nascido. Ela decorre de uma infecção materna prévia, geralmente bacteriana, e é transmitida durante a passagem pelo canal de parto. A mais comum dentre todas é a da clamídia, que é responsável por até 40% das infecções de neonatos, porém, também são comuns casos de infecção por bactérias causadoras da herpes e gonorreia.

Para efetuar o tratamento, é preciso primeiro descobrir o tipo de infecção que ocorreu através de exames específicos, um deles é a coloração de Gram, usado para definir o tipo de bactéria que foi encontrado. No caso da infecção por clamídia, o método mais comum de tratamento é com antibióticos intravenosos e com pomadas que contenham antibióticos.

Como evitar a conjuntivite?

Óculos e outros objetos que tenham contato com a região dos olhos precisam estar sempre limpos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

A melhor maneira de evitar um quadro de conjuntivite é tomar cuidado com o uso de objetos que possam causar infecções ou alergia nos olhos. Portanto, é preciso estar atento ao uso e a limpeza de óculos, lentes de contato, maquiagem, etc. Também é importante evitar o contato com pessoas que apresentem secreções nos olhos e outros sintomas, lavando muito bem as mãos caso seja inevitável. É de extrema importância não usar colírio de forma indiscriminada, sem orientação médica, pois o mau uso pode agravar o quadro e atrapalhar o tratamento.

Por fim, evitar coçar os olhos e colocar objetos potencialmente infectados, como guardanapos e pinças, ajuda bastante a evitar a conjuntivite. Em caso de sintomas, procure um médico para identificar a origem e receber o melhor tratamento possível.

Fonte: Hospital de Olhos, Manual MSD, Portal Ped, André Príncipe Oftalmologia

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