Coronavírus tem prevalência de 14,1% em paulistanos, diz estudo

7 de fevereiro de 2021 4 mins. de leitura
Segundo pesquisa feita pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, pessoas que trabalham fora de casa estão mais expostas à covid-19

A prevalência da infecção pelo vírus Sars-CoV-2 na população da cidade de São Paulo é de 14,1%, isso é o que indica um novo estudo feito pela Secretaria Municipal da Saúde. Conforme o resultado da Fase 1 do Inquérito Sorológico de 2021, 36,1% das pessoas infectadas pelo novo coronavírus eram assintomáticas.

A pesquisa considerou os dados coletados entre os dias 5 e 7 de janeiro na capital paulista. A primeira fase de avaliação deste ano apresentou números muitos similares aos do final de 2020, quando 13,6% dos entrevistados em São Paulo responderam já terem tido contato com o vírus responsável pela covid-19.

Taxas de prevalência em São Paulo

Prevalência do vírus é maior entre indivíduos que não adotam o isolamento social. (Fonte: Shutterstock)
Prevalência do vírus é maior entre indivíduos que não adotam o isolamento social. (Fonte: Shutterstock)

Com mais de 1,6 milhão de casos de coronavírus e mais de 50 mil mortes confirmadas pela doença, o estado de São Paulo lidera o ranking nas duas categorias dentro do território brasileiro. Atualmente, a região tem taxa de ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) em 69,7%, índice que aumenta para 70% na região metropolitana.

Os dados apresentados pela Secretaria de Saúde da capital mostram que a prevalência do vírus tem sido diferente entre alguns grupos específicos dentro da população. São eles cidadãos:

  • entre 35 e 49 anos (19%);
  • entre 50 e 64 anos (13,7%);
  • com Ensino médio concluído (16,6%);
  • sem alfabetização (14,3%);
  • com Ensino Fundamental concluído (13,2%).

De acordo com a Fase 1 do inquérito de 2021, pretos e pardos também tiveram taxas mais elevadas de prevalência dentro do levantamento feito por raça e cor, alcançando a marca de 15,6% dos entrevistados que testaram positivo para a covid-19.

Isolamento social

A pesquisa também serviu para mostrar que a parcela da população paulistana que tem conseguido se manter dentro de casa acaba ficando menos exposta à doença. Segundo o documento, indivíduos que moram em casas com apenas um ou dois moradores apresentam menos riscos de contaminação do que aqueles em áreas residenciais com mais pessoas.

Além disso, a taxa de prevalência para a doença foi de 28,9% entre os entrevistados que afirmaram não restringir qualquer contato social, enquanto que permaneceu em apenas 11,4% para aqueles que responderam só ter contato com quem divide domicílio.

Trabalho presencial e home office

Conforme as informações trazidas pelo relatório, quem precisa trabalhar fora de casa está mais suscetível a contrair uma infecção do vírus Sars-CoV-2. De acordo com o estudo, as pessoas com necessidade de se locomover até o emprego têm prevalência de contaminação em 20,7% em comparação com os 8,1% que conseguem manter uma rotina em home office.

Entre desempregados que circulam em busca de uma vaga no mercado de trabalho, os índices de prevalência ficaram em 17,1%. Com uso de 95,2% entre os testados para a doença, o uso de máscaras se mostrou um fator essencial para que os números da doença não crescessem ainda mais.

Sororreversão

Vinte e um por cento dos paulistanos perderam os anticorpos contra covid-19 em um segundo teste. (Fonte: Shutterstock)
Vinte e um por cento dos paulistanos perderam os anticorpos contra covid-19 em um segundo teste. (Fonte: Shutterstock)

Em um novo estudo, a prefeitura de São Paulo apresentou um novo inquérito sorológico às pessoas que apresentaram anticorpos para a covid-19 em 2020. O documento mostra que 21% da população paulistana sofreu a sororreversão, que é quando um indivíduo perde os anticorpos para o vírus.

Os números foram ainda maiores para aqueles assintomáticos, que sofreram sororreversão de 26%. Embasada nas autoridades de Saúde, o órgão municipal afirmou que o resultado não significa exatamente se uma pessoa é ou não imune ao Sars-CoV-2. 

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Fontes: Medicina S/A, UOL, Prefeitura de São Paulo.

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