Estratégia alinhada com o Ministério da Saúde pretende aliviar a pressão do Sistema Público de Saúde
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O teste diagnóstico é uma importante estratégia para combater a disseminação da covid-19. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OpasOPAS), todos os indivíduos com suspeita de infecção pelo coronavírus devem ser testados.
Entre as sociedades e as associações que se mostram favoráveis à introdução do autoteste no mercado brasileiro, estão Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) e Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o autoteste de antígeno tem função de orientação, e não de diagnóstico. No conhecido popularmente como teste rápido, os antígenos são as substâncias responsáveis pela produção de anticorpos. O resultado pode sair entre 15 e 30 minutos após a coleta, sendo mais simples de ser realizado do que o teste molecular (RT-PCR).
Isso significa que, ao realizar o autoteste e receber um resultado positivo, o indivíduo deve ficar em isolamento e procurar o serviço de saúde para a confirmação do diagnóstico. Dessa forma, é possível impedir precocemente que o vírus seja transmitido, diminuindo o avanço da pandemia.
O procedimento para a realização do autoteste será definido por cada fabricante, podendo ocorrer variações no modo de uso dependendo da marca responsável.
O uso desse tipo de dispositivo permite o isolamento precoce de pacientes infectados pela covid-19. O produto pode ser comprado e guardado no domicílio, sendo utilizado quando a pessoa apresentar sintomas ou tiver contato com alguém que testou positivo. Não será preciso despender tempo com agendamento de exames ou filas para a realização do procedimento antes de saber se realmente é necessário.
De acordo com a Anvisa, os testes que serão disponibilizados para venda serão de simples utilização, com regras e procedimentos claros. Além disso, conforme o Ministério da Saúde, a nova opção poderá aliviar a sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para funcionar efetivamente, o autoteste depende de alguns fatores, como data de realização e a correta utilização.
Uma dúvida comum é como esses testes impactarão na notificação de casos positivos. A Anvisa esclarece que o autoteste não terá função de diagnóstico, por isso casos positivos devem ser encaminhados para o SUS, que por sua vez fará a notificação de caso ativo.
A agência ainda afirma que a simplicidade da realização do teste não garante a segurança da utilização. Para isso, a população precisa ser informada de práticas que antes não faziam parte da rotina.
A possibilidade de comercialização do autoteste da covid-19 foi liberada no fim de janeiro de 2022. A Anvisa estudou uma permissão para a venda e afirmou que a liberação deveria ser acompanhada de uma política pública formal vinda do Ministério da Saúde.
De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a liberação demorou a ocorrer porque informações fornecidas pelo Ministério da Saúde foram insuficientes e necessitavam de especificações sobre como os autotestes seriam utilizados na política de testagem no Brasil.
O uso da ferramenta será apenas para orientar os próximos passos do indivíduo e não terá valor de diagnóstico. Os fabricantes deverão realizar o pedido de registro do produto para a Anvisa.
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Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde, Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Agência Brasil, gov.br, Anvisa.